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*Júlio César Cardoso
Imagem: Divulgação / GP1Articulista Júlio César Cardoso(Imagem:Divulgação / GP1)Articulista Júlio César Cardoso
A revista “Época”, da semana passada, cita o deputado Vicentinho (PT-SP) como um dos envolvidos no escândalo do mensalão, mas o deputado em nota nega ter recebido qualquer benefício de apoio político ao governo.

Na época do episódio do mensalão o nome do deputado Vicentinho já há havia sido comentado. Agora, ouvir o Vicentinho dizer que não sabia de nada, que foi o Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, que encomendou marqueteiro para a sua campanha política à prefeitura de São Bernardo do Campo, chega a ser vergonhoso. O deputado Vicentinho deveria ter coragem de assumir as suas responsabilidades. Bem, eu já estou querendo demais ...

O ex-presidente Lula, que sabia de tudo, também dizia a mesma coisa: que não sabia de nada. Parece até um mote combinado dentro do PT. Ora, quanto custa uma campanha política para um candidato se eleger? A maioria dos candidatos não tem condição de arcar com essas despesas. E o que acontece? Os candidatos passam, sim, a receber ajudas financeiras de fontes as mais diversas e suspeitas. E depois ficam dando uma de anjinhos angelicais que não sabiam de nada, que não receberam ajudas etc.? É muita ousadia quererem duvidar de nossa inteligência. É por isso que deveria ser proibida a reeleição política, para acabar com a classe dos oportunistas, que fazem do mandato profissão. É evidente que não foi acontecer nada com Vicentinho, João Paulo Cunha, José Dirceu, José Genoino e outros espertalhões, porque o foro privilegiado vale até para ofuscar o trabalho da magna Corte, que já deveria ter finalizado o maior escândalo de corruppção política brasileira.

*Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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