Zózimo Tavares (*)
O Governo do Estado pediu à Justiça a ilegalidade da greve dos trabalhadores na educação, deflagrada no último dia 14, quando seria aberto o ano letivo de 2011 na rede oficial de ensino. A Justiça não acatou o pedido da ilegalidade, mas recomendou a volta dos trabalhadores em educação à sala de aula.
Uma greve que paralisa a educação é sempre uma tragédia. O lado que mais perde é o mais fraco - justamente o aluno, vítima indefesa da disputa acirrada entre governo e professores. No caso presente, o começo do ano letivo, que já estava atrasado, vai demorar ainda mais. É um grande desestímulo para os alunos.
Além disso, a greve já perdeu muito de sua força como instrumento de pressão. E talvez o erro dos grevistas, agora, esteja na pressa. O governo mal assumiu e já se depara com uma greve que paralisa quase 100 por cento das escolas. O movimento seria melhor compreendido se acontecesse no início do segundo semestre, pelo menos.
Porém, o governo apelou para a Justiça, apontando a ilegalidade da greve na educação. Mas que autoridade o governo tem para falar em ilegalidade? O governo passou os últimos oito anos desviando recursos do Fundeb para os cursinhos populares, segundo denúncia não contestada dos grevistas. Para que ilegalidade maior?
Centenas de escolas públicas estão sem condição de funcionar, mesmo que não haja greve, porque se ressentem de serviços de reforma e manutenção e também de equipamentos, como carteiras. Há ilegalidade maior do que o governo deixar suas escolas nessa situação, quando dispõe de recursos para tanto? Muitas escolas funcionam sem professores de muitas disciplinas. Isso é legal? O governo ameaça convocar 6 mil professores temporários para substituir os grevistas e iniciar o ano letivo. É outra ilegalidade.
Vê-se, pois, que o governo que tenta emparedar o movimento grevista na educação, empurrando-o para a ilegalidade, não é, nem de longe, um exemplo de legalidade. Cito apenas algumas que são flagrantes na área da educação.
(*) Editor-chefe do Diário do Povo
O Governo do Estado pediu à Justiça a ilegalidade da greve dos trabalhadores na educação, deflagrada no último dia 14, quando seria aberto o ano letivo de 2011 na rede oficial de ensino. A Justiça não acatou o pedido da ilegalidade, mas recomendou a volta dos trabalhadores em educação à sala de aula.
Uma greve que paralisa a educação é sempre uma tragédia. O lado que mais perde é o mais fraco - justamente o aluno, vítima indefesa da disputa acirrada entre governo e professores. No caso presente, o começo do ano letivo, que já estava atrasado, vai demorar ainda mais. É um grande desestímulo para os alunos.
Além disso, a greve já perdeu muito de sua força como instrumento de pressão. E talvez o erro dos grevistas, agora, esteja na pressa. O governo mal assumiu e já se depara com uma greve que paralisa quase 100 por cento das escolas. O movimento seria melhor compreendido se acontecesse no início do segundo semestre, pelo menos.
Porém, o governo apelou para a Justiça, apontando a ilegalidade da greve na educação. Mas que autoridade o governo tem para falar em ilegalidade? O governo passou os últimos oito anos desviando recursos do Fundeb para os cursinhos populares, segundo denúncia não contestada dos grevistas. Para que ilegalidade maior?
Centenas de escolas públicas estão sem condição de funcionar, mesmo que não haja greve, porque se ressentem de serviços de reforma e manutenção e também de equipamentos, como carteiras. Há ilegalidade maior do que o governo deixar suas escolas nessa situação, quando dispõe de recursos para tanto? Muitas escolas funcionam sem professores de muitas disciplinas. Isso é legal? O governo ameaça convocar 6 mil professores temporários para substituir os grevistas e iniciar o ano letivo. É outra ilegalidade.
Vê-se, pois, que o governo que tenta emparedar o movimento grevista na educação, empurrando-o para a ilegalidade, não é, nem de longe, um exemplo de legalidade. Cito apenas algumas que são flagrantes na área da educação.
(*) Editor-chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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