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Praticantes de musculação têm menor risco de câncer

Um dos mecanismos por trás desses benefícios envolve a produção de miocinas durante as atividades.

A musculação, além de fortalecer os músculos e melhorar a condição física geral, tem mostrado benefícios significativos na luta contra o câncer. Um dos mecanismos por trás desses benefícios envolve a produção de miocinas, substâncias bioativas liberadas pelos músculos durante a contração.

Miocinas são proteínas e peptídeos produzidos e secretados pelos músculos esqueléticos durante a contração muscular. Elas atuam como mensageiros químicos, influenciando várias funções corporais. Quando praticamos musculação, a liberação de miocinas aumenta, desencadeando uma série de processos benéficos no corpo.


Foto: Divulgação/AscomDemóstenes Ribeiro
O fortalecimento muscular pode ser uma ferramenta importante no combate ao câncer 

As miocinas têm propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, o que significa que elas podem reduzir a inflamação e ajudar a regular o sistema imunológico. Estes efeitos são cruciais na luta contra o câncer, pois a inflamação crônica e a imunossupressão são fatores que contribuem para o crescimento e a disseminação de células cancerígenas. 

Veja como a musculação pode influenciar:

1: Redução da Inflamação: A inflamação crônica é um fator de risco conhecido para o desenvolvimento de vários tipos de câncer. Miocinas como a IL-6 (interleucina-6), quando liberadas em resposta ao exercício, podem atuar de forma anti-inflamatória, ajudando a reduzir o ambiente pró-inflamatório que favorece o crescimento tumoral. 
2.Ação Imunomoduladora: As miocinas podem influenciar a atividade das células do sistema imunológico, como linfócitos e células NK (natural killers). Essas células são essenciais para a detecção e destruição de células cancerígenas. A prática regular de musculação pode, portanto, aumentar a vigilância imunológica e a capacidade do corpo de combater o câncer.
3.Inibição da Proliferação Celular: Algumas miocinas têm a capacidade de inibir diretamente a proliferação de células cancerígenas. Estudos mostram que a miocina irisin, por exemplo, pode induzir a apoptose (morte celular programada) em células cancerígenas, limitando assim a progressão do tumor.

A musculação, através da produção de miocinas, oferece um mecanismo potente para reduzir a agressividade do câncer. Ao promover um ambiente corporal menos inflamatório, melhorar a função imunológica e inibir a proliferação de células cancerígenas, a prática regular de exercícios de força emerge como uma aliada valiosa na prevenção e no tratamento do câncer. Assim, incorporar a musculação à rotina diária pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a saúde geral e combater doenças graves como o câncer.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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