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Colunista Celso Oliveira
GP1

Lagoa de São Francisco: Professores entram em greve dia 18


Na luta por dois reajustes que estão atrasados, professores decidiram entrar em greve a partir desta segunda-feira dia 18 de setembro em Lagoa de São Francisco.

  • Foto: Celso OliveiraProfessores atentos em assembleiaProfessores atentos em assembleia

De acordo com decisão da categoria, em assembleia, a greve é por tempo indeterminado até que o prefeito resolva a atualização de dois reajustes. A pendência de atrasos de reajuste se arrasta desde 2014, quando a categoria, através da assessoria jurídica do sindicato, buscou na Justiça a garantia para que não atrasasse, mesmo assim, o prefeito não cumpriu.


  • Foto: Celso OliveiraProfessores em manifestaçãoProfessores em manifestação

Neste ano, os professores somam prejuízos duplos, pois a administração não atualizou o piso da categoria, deixando os professores com salários ainda referentes ao ano de 2015.

Para a presidente do sindicato, professora Noeme Rodrigues, todos perdem com a greve, pois os alunos ficam sem aulas coma as escolas fechadas, mas os professores não aceitam mais trabalhar com salários do ano de 2015.

Segundo informou a representante do sindicato, por várias vezes foi tentado sensibilizar o prefeito para o problema, nenhuma delas foi possível de motivar ao gestor a elaborar um plano de ação para o problema, que só aumenta a cada dia.

Desde o início do ano de 2017, os professores tentam o acerto para que não se chegasse ao ponto de parar as escolas. Nada foi conseguido, apenas ameaças de possíveis demissões, ameaças essas que servem para coibir e coagir ao profissionais a deixarem de reivindicar seus direitos a reajustes.

Em maio, o prefeito foi chamado pelo Mistério Público e perante ao promotor, advogados de ambas as partes e representantes dos professores, se comprometeu a atualizar o piso dos professores, mas também não cumpriu.

Quando questionado, simplesmente alega não ter recursos suficientes pelo fato da diminuição de alunos, mas também não mostrava outra alternativa, tendo inclusive cortado irregularmente o turno e salários de 46 professores em 11 de agosto de 2015, sob o mesmo argumento, mas não colocou e aumentou o problema.

No final de agosto, o sindicato conseguiu pela primeira vez que o gestor comparecesse a uma assembléia da categoria e tentasse um acordo de atualização dos reajuste atrasados, mas outra vez não apareceu proposta que os professores pudessem aceitar.

O prefeito apenas apresentou a condição de que o município não teria recursos e que estaria buscando junto ao governo estadual o aval para fazer um empréstimo no banco e, assim, quitar os débitos. Mas não apresentou prazo para o fim dos atrasos.

Com essas definições apenas na forma de conjecturas, a categoria se reuniu em assembleia e resolveu pela deflagração da greve por tempo indeterminado.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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