A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), sob a presidência de Franzé Silva (PT), enfrenta uma desordem financeira sem precedentes, que afeta gravemente servidores e fornecedores. Desde o segundo semestre de 2024, os repasses obrigatórios ao Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Piauí (Asalpi) não têm sido realizados, embora os valores continuem sendo descontados dos contracheques dos servidores.
O rombo financeiro já ultrapassa a marca de R$ 1 milhão, deixando servidores desesperados. A grave situação tem gerado um efeito cascata: despesas como plano de saúde, telefonia celular e até mensalidades escolares dos filhos dos servidores deixaram de ser cobertas, obrigando a Asalpi a arcar com os custos.
A crise vai além dos servidores e atinge também os fornecedores, que enfrentam atrasos nos pagamentos, intensificando o caos administrativo. Conforme apurado pela Coluna, os órgãos de controle já foram informados sobre a situação. No entanto, até agora, nenhuma solução foi apresentada, e não há qualquer previsão para a regularização dos repasses ou a quitação das dívidas.
Além do caos financeiro, Franzé Silva encerrará seu mandato à frente da Alepi, em fevereiro, cercado por polêmicas. Sua administração ficou marcada não apenas pela nomeação de servidores fantasmas, mas também pela inclusão de figuras controversas no quadro da Assembleia. Entre os casos mais emblemáticos estão o de Ramon Santiago, acusado de tráfico de drogas; Josimar Holanda Nunes, condenado a 21 anos de prisão pelo assassinato do vereador Titico Barbosa; Mairan Martins Lima da Silva, acusado dos crimes de roubo e porte ilegal de arma de fogo, e Luciano Macário de Castro, ex-vice-prefeito de São Raimundo Nonato, que teve os direitos políticos suspensos por improbidade administrativa.
A situação caótica da Alepi é o reflexo de uma gestão desastrosa que comprometeu a credibilidade e o bom andamento dos trabalhos na Casa Legislativa. Enquanto servidores e fornecedores aguardam por respostas, Franzé Silva se despede da presidência do poder legislativo deixando um rastro de dívidas e polêmicas.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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