O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado Franzé Silva (PT), nomeou para cargo comissionado um homem que é réu na Justiça pelos crimes de roubo e porte ilegal de arma de fogo. Mairan Martins Lima da Silva foi nomeado como assessor parlamentar em setembro do ano passado, com salário de R$ 9 mil.
O servidor comissionado da Alepi foi denunciado pelo Ministério Público em duas ações, uma ajuizada em 7 de junho de 2013 e outra em 14 de maio de 2014. Na primeira denúncia, ele foi acusado de roubo e porte ilegal de arma de fogo, após ser preso em flagrante em Teresina, no dia 24 de abril de 2013, com uma arma e um carro roubado. Posteriormente, o proprietário do veículo o reconheceu como um dos assaltantes.
Na outra denúncia, ele foi acusado de ceder uma motocicleta para uma dupla de assaltantes que roubou um posto de combustíveis na zona sul de Teresina.
Ambas as denúncias foram recebidas pela Justiça, entretanto, mesmo já tendo transcorrido dez anos, os processos ainda se arrastam e Mairan Martins não foi julgado. Veja o ato de nomeação assinado por Franzé Silva:
Esse não é o primeiro caso em que Franzé Silva nomeia pessoas com histórico criminal para cargos na Alepi. Em fevereiro do ano passado, ele nomeou Ramon Santiago Matos Nascimento, preso no âmbito da Operação Mandarim, acusado de integrar organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O caso veio à tona após reportagem do GP1, repercutindo de tal maneira que o presidente da Alepi acabou exonerando Ramon Santiago.
Pente-fino não funcionou
Após o escândalo da nomeação de Ramon Santiago, o deputado Franzé Silva chegou a garantir, em entrevistas à imprensa, que passaria um “pente-fino” na lista de servidores comissionados. Pelo que se pode perceber, o tal pente-fino falhou.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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