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Colunista Brunno Suênio
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Examinadores acusados de fraude contra o Detran-PI são soltos

Eles foram alvos da Operação Cribelo, deflagrada pela Superintendência de Operações Integradas.

Os últimos sete alvos da Operação Cribelo, deflagrada pela Superintendência de Operações Integradas, que ainda estavam presos, foram postos em liberdade nesse domingo (08). São eles: Valdirene Silva Reis dos Santos, Maria de Jesus Rodrigues de Sousa (examinadora), Carmem Maria da Silva (examinadora), Aguinaldo Lucio Barros, Francisco Alves da Costa, Eliane Morais de Abreu (examinadora) e Jorge Henrique Rocha Cavalcante (examinador).

A Coluna apurou que eles foram os únicos que tiveram as prisões prorrogadas por mais 05 dias, em razão de não terem colaborado com a autoridade policial, que decidiu representar pela prorrogação da medida cautelar.


Foto: Alef Leão/GP1Entre os presos, estão nove examinadores do DETRAN e instrutores de autoescolas.
Entre os presos, estão nove examinadores do DETRAN e instrutores de autoescolas

Com o término do prazo da temporária, a Superintendência de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí vai finalizar o inquérito de quase mil páginas e remetê-lo ao Ministério Público, que deverá denunciar os indiciados à Justiça.

Como funcionava o esquema

A investigação revelou que instrutores de uma autoescola orientavam o aluno sobre como se comportar durante o exame para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em um áudio, ela afirmou que o candidato deveria pagar um valor em dinheiro para ser aprovado e que repassaria uma parte dessa quantia aos examinadores do DETRAN-PI.

A Polícia Civil conseguiu registrar um dos examinadores do DETRAN recebendo discretamente um papel de um despachante do setor de CNH, evidenciando a troca de favores envolvendo o pagamento para aprovação no exame. “Foi possível identificar que o candidato estava com a mão esquerda marcada para ser reconhecido pelos examinadores. A investigação não deixa dúvidas de que ele pagou uma quantia em dinheiro para ser aprovado no exame”, explicou o delegado Roni Silveira.

Os investigados deverão responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa.

Rapidinhas

Ex-funcionário do Bradesco e empresário são soltos

O ex-funcionário do Bradesco, Francisco Roosevelt Tavares Leite, e o empresário José Jordan Barbosa de Lima, que haviam sido presos temporariamente na Operação Contrafeito, deflagrada pelo Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), foram postos em liberdade com o fim do prazo da temporária de 05 dias.

A investigação do DECCOR, que culminou com a Operação Contrafeito, foi desencadeada a partir da identificação de uma organização criminosa que há tempos agia no Piauí, através de um escritório de contabilidade (Prime Contabilidade), cujo dono, dolosamente, criava CPFs e RGs fictícios com nomes de pessoas inexistentes, com o objetivo de transferir para tais pessoas a titularidade de empresas endividadas com bancos, financeiras, de forma que a dívida nunca fosse executada, frustrando assim as cobranças dos valores devidos, entre outras ilicitudes.

Com a Operação Faker, deflagrada em 2022, o inquérito trouxe novos personagens que surgiram a partir da coleta de informações dos aparelhos celulares de Elinaldo Soares Silva (Dono do Escritório Prime Contabilidade) e de seus dois Filhos, Matheus de Araujo e Silva e Ellen Marianne Araujo e Silva. A partir daí, os policiais chegaram até o funcionário do Bradesco, Francisco Roosevelt, que foi identificado em diversos diálogos com o investigado Matheus Araújo, e ao empresário José Jordan Barbosa de Lima, que dedicava sua conta bancária para livre movimentação do grupo investigado.

Ex-gerente do Banco do Brasil se entrega à Polícia Civil

Na mesma operação, o único alvo de mandado de prisão temporária que ainda restava ser preso se apresentou na sede do Departamento de Combate a Corrupção (DECCOR). Ele estava sendo procurado desde a última quarta-feira (04), quando a Operação Contrafeito foi deflagrada. Trata-se do ex-gerente do Banco do Brasil e advogado, identificado como Flávio Santos Costa. Ele foi apresentado, juntamente com uma comissão da OAB, que o acompanhou na delegacia.

Segundo a investigação da DECCOR, Flávio Santos Costa, na condição de então gerente do Banco do Brasil da agência do Liceu, tinha a tarefa de facilitar as operações bancárias, autorizar empréstimos para empresas fictícias ligadas ao grupo, oferecer informações privilegiadas aos criminosos, em especial, a Matheus de Araújo e Silva e Elinaldo Soares da Silva, que foram identificados no primeiro inquérito da Operação Faker, que culminou na operação deflagrada nessa quarta-feira (04) e visou desarticular um grupo suspeito dos crimes de corrupção, fraude documental, associação criminosa e lavagem de dinheiro contra instituições bancárias, em Teresina.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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