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Colunista Brunno Suênio
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Justiça mantém prisões de empresários acusados de lavar dinheiro para facção em Teresina

Decisão se deu durante audiência de custódia realizada no último sábado (26) no Fórum Criminal.

A Justiça manteve, durante audiência de custódia, as prisões dos empresários Gilberto Maiony Lima Torres e Jocélio Mendes de Oliveira Filho, apontados pelo Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC) como os responsáveis por lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas que vinham da Bolívia para Teresina, em um esquema liderado por Leandro Santos Chaves, residente em Manaus e que integra a facção Família do Norte. Ele teve a prisão decretada, mas ainda não foi localizado.

Gilberto Maiony e Jocélio Mendes foram presos durante a Operação DENARC 60, que desarticulou uma organização criminosa, responsável por trazer drogas da região Norte do país, sobretudo, do estado do Amazonas, por rota terrestre passando pelos estados do Pará, Maranhão, até chegar ao Piauí, onde o entorpecente era distribuído, abastecendo o comércio local.

Foto: Reprodução/ WhatsappGilberto Maiony Lima Torres e Jocélio Mendes de Oliveira Filho
Gilberto Maiony Lima Torres e Jocélio Mendes de Oliveira Filho

Durante as investigações, os policiais conseguiram identificar que existia uma verdadeira rede que operacionalizada o esquema, utilizando-se de veículo tradicionais, como carros, bem como caminhões, que eram adaptados por profissionais especializados em mecânica automotiva, a fim de fazer com que as drogas fossem acondicionadas de modo a não chamar atenção da fiscalização e, assim, chegassem ao destino final, que era Teresina, no Piauí.

Ao chegar em Teresina, a droga era comercializada e o dinheiro oriundo do tráfico era movimentado através de empresas revendedoras de veículo, muitas delas, cerca de 9, existiam apenas no papel, mas não possuíam funcionários, tampouco estrutura física.

Além dos dois empresários, os policiais prenderam mães e esposas dos acusados, que também integravam o esquema, por várias vezes se beneficiando das transações decorrentes do tráfico de entorpecentes.

Como resultado da Operação DENARC 60, 18 pessoas foram presas e quase cinco dezenas de veículos foram apreendidos na fase ostensiva da operação policial.

Rapidinhas

Alvo principal da Operação DENARC 60 está foragido

O líder geral da organização criminosa que desencadeou a Operação DENARC 60, Leandro Santos Chaves, ainda está foragido. Ele possui raízes em Teresina-PI, mas vive atualmente em Manaus-AM, onde os policiais deram cumprimento a mandados de busca e apreensão no imóvel dele, mas não o encontraram. A mãe de Leandro Santos Chaves foi localizada e acabou sendo preso sob determinação do Poder Judiciário do Piauí.

Segundo as investigações, a mãe de Leandro também era partícipe da organização criminosa e beneficiária no esquema criminoso.

DENARC vai pedir à Justiça uso veículos apreendidos para a polícia

O diretor do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC), delegado Samuel Silveira, vai pedir a utilização de parte dos quase 50 veículos apreendidos durante a operação para uso da polícia. Embora muitos veículos não sejam de propriedade dos investigados, mas alguns automóveis de luxo atrelados aos empresários poderão ser cedidos à Polícia Civil do Piauí.

Foto: Lucas Dias/ GP1Os policiais cumpriram 28 mandados de prisão
Os policiais cumpriram 28 mandados de prisão

Delegado Danúbio Dias lança livro “Crimes sem punição”

O delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), lançará no próximo dia 12 de novembro, às 18h30, na Livraria Entrelivros, o livro “Crimes sem punição”

Foto: DivulgaçãoLançamento do livro Crimes sem solução
Lançamento do livro Crimes sem solução

Danúbio Dias apresenta em sua obra, de modo detalhado e intimista, as histórias e os bastidores de dois homicídios ocorridos no Estado do Piauí, o de Delton Moreira, dentro do xadrez da delegacia de Curimatá-PI em março de 1999, e o de José Hugo Alves, o Huguinho, em fevereiro de 1996.

O autor narra a participação de duas figuras icônicas nestes homicídios, a do então juiz de direito da comarca de Curimatá-PI, Osório Bastos no crime contra Delton Moreira, e a do ex -deputado federal Hildebrando Pascoal, conhecido nacionalmente como o deputado da motosserra, no crime contra José Hugo Alves. O crime da motosserra também é abordado pelo autor no livro, descrevendo os pormenores deste crime macabro.

Foto: Lucas Dias/GP1Danúbio Dias, Delegado do DHPP
Danúbio Dias, Delegado do DHPP

Os detalhes das investigações e os emocionantes relatos dos sobreviventes são apresentados ao leitor em formato de conto, demonstrando toda a intrincada trama que se desenvolveu no Piauí e no Acre.

O livro descreve o começo da frenética caçada humana perpetrada pelo ex -deputado federal Hildebrando Pascoal para vingar a morte de seu irmão em Rio Branco-AC e a participação do juiz de direito Osório Bastos na sanguinária vingança que termina com a execução do pistoleiro José Hugo Alves.

Barêtta assina o prefácio da obra

O diretor do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, parabenizou o autor da obra e destacou, a exemplo o recente livro lançado por Alan Holanda, investigador do DHPP, que o departamento se mostra cada vez mais qualificado para seu objetivo que é servir à sociedade piauiense.

“O DHPP, sem autocomiseração, atualmente, é um verdadeiro laboratório na produção de conhecimento da investigação criminal, até pelo objeto de suas atribuições que é investigar o crime de homicídio, o crime rei. O investigador do DHPP sempre se vale do raciocínio abdutivo, identificando os traços da investigação”, destacou Barêtta.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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