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Teresina - Piauí

Empresários alvos do Denarc atuavam com o Bonde dos 40 em Teresina, diz delegado

Investigados fazem parte de uma facção criminosa denominada Família do Norte, originária do Amazonas.

O delegado Samuel Silveira, coordenador do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil do Piauí, afirmou que os empresários alvos da operação Denarc 60, deflagrada nesta sexta-feira (25), atuavam junto a facção criminosa Bonde dos 40 em Teresina, em um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação cumpre mandados no Piauí, Amazonas, Pará e São Paulo.

Os investigados fazem parte de uma facção criminosa denominada Família do Norte, originária do Amazonas, que traficava drogas da Bolívia para Teresina. O líder do grupo, segundo apurado por nossa reportagem, é Leandro Santos Chaves, que é de Manaus e teve a prisão decretada, mas ainda não foi localizado.


Foto: Reprodução/ WhatsappGilberto Maiony Lima Torres e Jocélio Mendes de Oliveira Filho
Gilberto Maiony Lima Torres e Jocélio Mendes de Oliveira Filho

Dois empresários foram presos em Teresina: Gilberto Maiony Lima Torres e Jocélio Mendes de Oliveira Filho. De acordo com o delegado Samuel Silveira, eles eram os principais operadores da lavagem do dinheiro obtido pelo tráfico em Teresina.

“Essa organização criminosa tinha esses dois empresários destacadamente aqui no Piauí, a figura do Jocélio e do Maiony, como o alicerce, não só para a droga, mas também para o branqueamento do recurso”, disse o coordenador do Denarc.

Bonde dos 40

Ainda conforme o delegado, a organização criminosa Família do Norte atuava em conjunto com o Bonde dos 40. “Esses empresários, na verdade, seriam o ponto principal dessa organização criminosa, que é justamente a Família do Norte, que aqui, corria junto ao Bode dos Quarenta”, completou.

Revendedoras de veículos

O coordenador do Denarc também informou que um total de 14 empresas, a maioria delas revendedoras de veículos, operavam a lavagem de dinheiro do grupo criminoso. “Tivemos o fechamento de catorze empresas, sendo nove de fachada e cinco que de fato tinham suas atividades acontecendo diariamente, em sua grande maioria revendedoras de veículos, e todas elas interditadas, porque, na verdade, funcionariam como lavagem de dinheiro. Era o tráfico de drogas se alimentando financeiramente através do branqueamento de capitais por meio dessas atividades revendedoras de veículos”, concluiu Samuel Silveira.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 200 milhões das contas dessas 14 empresas. Também foram apreendidos cerca de 50 veículos, incluindo carros de luxo e jet skis.

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