O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Piauí, abriu uma investigação para apurar crime de falsa identidade contra dois advogados acusados de fornecer uma carteira da OAB-PI a Vitória Oliveira Marinho, companheira de um traficante identificado como Vagner da Silva Carvalho, a fim de que ela pudesse visitá-lo no presídio.
Alvo da Operação Fragmentado, Vagner da Silva é apontado pelo GAECO como o chefe de um esquema de tráfico de drogas oriundas da cidade de Manaus, no Amazonas, com distribuição em Teresina-PI.
Conforme o coordenador do GAECO, promotor Claudio Soeiro, durante as investigações que culminaram na deflagração da segunda fase da Operação Fragmentado, os policiais conseguiram identificar que Vitória Oliveira Marinho se utilizou de uma carteira da OAB-PI e, se passando por advogada, teve acesso ao namorado Vagner da Silva Carvalho em diversos momentos dentro do sistema prisional.
Para o sucesso da empreitada criminosa, ela teve o auxílio de dois profissionais. O primeiro deles, de um advogado, que cooptou outra colega, também advogada, com características semelhantes a Vitória Marinho, e forneceu a carteira da OAB para que a namorada de Vagner pudesse entrar no sistema prisional.
“Ficou constatado que um advogado conseguiu uma OAB de uma pessoa muito parecida com a Vitória para poder se vestir como se fosse advogada, utilizando a carteira dessa verdadeira advogada, a fim de que ela pudesse ter acesso ao sistema e conversar com o Vagner. Então constatamos essa advogada, que forneceu a OAB para que esse advogado entregasse a carteira para que a Vitória pudesse entrar no sistema prisional”, explicou o coordenador do GAECO à Coluna.
Os dois advogados, que terão os nomes revelados pela Coluna, posteriormente, assim como Vitória Oliveira Marinho responderão por crime de falsa identidade.
Rapidinhas
Advogados serão intimados pelo GAECO para prestar depoimento
Em razão da ação atabalhoada dos dois advogados, agindo em conluio com Vitória Oliveira Marinho, que está presa por ocasião da deflagração da primeira fase da Operação Fragmentado, o GAECO intimou os dois profissionais a prestarem esclarecimentos sobre a conduta evidenciada pela investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.
Advogado David Pereira de Sá passará por audiência de custódia
David Pereira de Sá, preso preventivamente, acusado de se associar a Vagner da Silva Carvalho e Vitória Oliveira Marinho para o tráfico de drogas, será submetido à audiência de custódia nesta quarta-feira (23).
A investigação revelou que Vagner da Silva Carvalho mantinha o controle do tráfico de drogas, de dentro da cadeia, através do advogado David Sá, que foi contratado para auxiliá-lo. Os policiais verificaram que durante o monitoramento, o advogado chegou a transportar drogas, atuando de forma direta no esquema criminoso.
David, segundo o GAECO, era responsável por transmitir instruções entre Vagner e seus comparsas, tanto para a comercialização de drogas quanto para a ocultação de valores provenientes do tráfico.
Polícia Federal se fecha e alvo de operação é mantido sob absoluto sigilo
O nobre colunista foi acessado pelos mais diversos setores dos três poderes, que ficaram agitados diante da informação de que a Polícia Federal no Piauí deflagrou uma operação na manhã dessa terça-feira (22) contra um alvo com foro privilegiado.
Mas o que chamou atenção foi que, por determinação do Superior Tribunal de Justiça que deferiu as medidas representadas pela Polícia Federal, a Polícia Federal foi impedida de fazer qualquer divulgação sobre os atos da operação realizada nessa terça, nem mesmo por meio de nota, como é de praxe na ações da PF.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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