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Colunista Brunno Suênio
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Juiz mantém prisões dos acusados de aplicar golpe nos postos Cacique no Piauí

Decisão foi dada juiz Alessandro Arrais Pereira, titular da 2ª Vara de Família da Comarca de Açailândia.

O juiz Alessandro Arrais Pereira, titular da 2ª Vara de Família da Comarca de Açailândia, no estado do Maranhão, manteve as prisões dos três alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Uruçuí-PI, no último dia 03 de agosto, contra um grupo acusado de aplicar golpes que somam aproximadamente meio milhão de reais à rede de postos de combustíveis Cacique, no estado do Piauí. A decisão foi dada no dia 04 de agosto.

A Coluna obteve, com exclusividade, acesso aos nomes dos três acusados, identificados como Jorge Maik Lima, Marcelo Silvia Carvalho e uma mulher, identificada como Kediana Conceição Lima.


Em sua decisão, o magistrado destacou que não há mácula em relação ao cumprimento do mandado de prisão, em que pese existir informação de possíveis excessos nas ações praticadas pelos policiais, durante o cumprimento do mandado em desfavor de Kediana Conceição Lima, todavia, “pelos elementos até então coligidos, a meu sentir, foram respeitados seus direitos constitucionais e legais, tendo sido a prisão realizada nos parâmetros legais. Assim, considerando que a presente ordem de prisão foi devidamente cumprida dentro da legalidade, e restando evidenciados os requisitos necessários, deve ser mantida a prisão preventiva do preso”, diz trecho da decisão.

Entenda o caso

A investigação da Polícia Civil de Uruçuí, que teve início em 2022, apontou que a organização criminosa atuava em outros estados e usavam empresas de fachada para perpetuar o golpe, que durou cerca de 6 meses.

Segundo o gerente de polícia do interior, delegado Célio Benício, trata-se de “uma quadrilha especializada que se utilizava do artifício de trocar as maquinetas de cartão, que eram operadas pelo posto, e, a partir daí, o crédito que entrava era direcionado para contas em nomes de laranjas e não para contas do estabelecimento. Isso ficou operando por cerca de 5 a 6 meses e quando o financeiro da empresa percebeu, acionou a polícia que iniciou a investigação”, afirmou o delegado Célio Benício.

Ainda conforme o delegado Célio Benício, não foi constatada a participação de frentistas no golpe e a troca das maquinetas era feita pelos próprios golpistas. Foi verificada também a criação de empresas para o recebimento do dinheiro. “Não ficou comprovada a participação de pessoas de dentro da empresa, então acreditamos que o que aconteceu foi que eles trocavam as maquinetas sem que os frentistas percebessem. Eles criavam empresas de fachada com o mesmo nome do posto, ou seja, o comprovante de pagamento saía no nome fantasia da empresa”, pontuou.

“Foram 3 pessoas presas que pontuamos como as principais envolvidas e que arquitetaram o golpe, todas residentes em Vila Nova dos Martírios, no Maranhão. Outras 8 pessoas tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos em face dela, por ligação com as outras três presas”, declarou Célio Benício.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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