Documentos sigilosos que integram a investigação que culminou na “Operação Mandarim”, aos quais o GP1 teve acesso com exclusividade, mostram a ligação entre acusados da prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro com o traficante internacional Leonardo Dias Mendonça, o "Barão do Tráfico", ex-aliado de Fernandinho Beira-Mar e um dos maiores traficantes que já se teve notícia no território nacional.
Relatório de Inteligência Financeira (RIF) produzido pelo COAF apontam movimentação financeira de Lorena Lustosa, esposa do empresário Paulinho Chinês, considerado o chefe da organização criminosa, com a empresa Porto e Antonio Comercio, Importacao e Exportacao Eireli. Foram identificados dois lançamentos no total R$ 179.000,00.
A empresa utilizada pelo “Barão do Tráfico” foi alvo de operações policiais (Operação Balaio de Palha – Polícia Federal e Operação Aves de Rapina - MG) e processos judiciais, tendo sido apurado que se tratava de emprersa de fachada a qual tinha como função o recebimento e branqueamento de valores decorrentes do tráfico de drogas.
Durante investigação policial não foi detectada a existência física da empresa sendo constatado que se tratava de empreendimento fantasma que recebia valores oriundos do tráfico de drogas e tinham como função a lavagem do capital.
A esposa do empresário teve a prisão preventiva substituída por domiciliar pelo Tribunal de Justiça do Piauí.
Novo habeas corpus
A defesa do empresário Ítalo Freire Soares de Sá, preso preventivamente no âmbito da Operação Mandarim juntamente com Paulinho Chinês, acusados de integrar quadrilha envolvida com o tráfico de drogas, ingressou ontem (12) junto ao Tribunal de Justiça com novo habeas corpus pedindo a revogação da prisão preventiva ou a substituição por medidas cautelares. Esse é o segundo habeas corpus impetrado com o objetivo de pôr em liberdade o empresário em menos de 30 dias.
O documento protocolado eletronicamente alega excesso de prazo para a conclusão do inquérito policial, instaurado em 2018 pela Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes – DEPRE para apurar a suposta prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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