O signatário desta coluna descobriu um esquema fraudulento, arquitetado por uma organização criminosa que utilizou o Instituto Educass para dilapidar o patrimônio público do município de Teresina, sem poupar sequer a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) e sua filha Gabriela Hasselmann, que tiveram seus nomes incluídos em uma lista de beneficiários do Programa UNITODOS, voltado para a preparação de alunos da rede pública de ensino, com a finalidade de ingresso ao ensino superior.
No curso do inquérito que desencadeou a Operação Filantropia, em 17 de dezembro de 2021, a Polícia Civil do Piauí constatou, através do controle interno do município de Teresina, a rejeição parcial das contas do Instituto Educass na ordem de R$ 832.862,50 (oitocentos e trinta e dois mil, oitocentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos), valor este apontado como oriundo do superfaturamento na contratação da plataforma usada pelo Instituto Educass para ministrar aulas EAD para alunos carentes de Teresina.
Restou comprovadamente demonstrado que o Instituto Educass fabricou nomes de pessoas aleatoriamente inscritas como beneficiárias do Programa UNITODOS, tais como a deputada federal Joice Halssemann, casada com o médico piauiense Daniel França, e a filha Gabriela Halssemann.
Para a Polícia Civil está claro que alguns nomes foram falsamente fabricados pela organização criminosa com o fito de justificar maiores gastos com pessoas que, sequer, usufruíram do Programa UNITODOS, demonstrando claramente o sobrepreço e, portanto, desvio de recursos públicos municipais, desvirtuando a finalidade do programa criado para alunos carentes das escolas públicas de Teresina.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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