A Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou no início da manhã desta sexta-feira (17), a “Operação Filantropia”, com objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em residências de servidores públicos, um escritório de advocacia e uma organização da sociedade civil em Teresina. Foram cumpridos mandados em apartamentos do Condomínio Angical, na Avenida Gil Martins e no Instituto Educass, situado na Rua Quintino Bocaiuva, centro de Teresina.
O GP1 apurou que o objetivo da ação policial é buscar informações, documentos e dados sobre parcerias públicas privadas (PPPs) realizadas nos anos de 2019 e 2020, durante a gestão do ex-prefeito Firmino Filho, pela Prefeitura de Teresina com o Instituto Educass.
As investigações apontam que o Instituto Educass era gerido por duas servidoras da Prefeitura de Teresina, que usavam pessoas interpostas para garantir a chegada de recursos públicos à entidade. Ficou comprovado que havia inclusive pagamento de vantagens indevidas para servidores públicos a partir da simulação da prestação de serviços e uso de empresas de fachada.
O GP1 também apurou que o Instituto Educass recebeu da Prefeitura de Teresina mais de R$ 2 milhões através da Secretaria Municipal de Juventude (SEMJUV) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMAM) e que a entidade causou prejuízo aos cofres públicos na ordem de mais R$ 1 milhão.
Se condenados, os alvos da operação podem responder por associação criminosa, desvio de recursos públicos (peculato), lavagem de dinheiro, entre outros.
Participam da ação, além da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), a Controladoria Geral do Município de Teresina (CGM), a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a Gerência de Polícia Especializada (GPE), o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), a Delegacia Prevenção e Repressão aos Entorpecentes (DEPRE) e policiais do 8º Distrito Policial e do 5º Distrito Policial.
Operação Filantropia
Conforme a Polícia Civil, o nome da operação faz alusão à suposta atividade que a entidade se prestava a oferecer através dos recursos públicos recebidos.
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