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A soberba tem sido considerada por muitos como o primeiro dos sete pecados capitais e por alguns como o pior e mais perigoso. Um dos mais ardorosos defensores dos perigos da soberba é São Tomás de Aquino, que a situa acima de todos os vícios capitais e para isso argumenta que sua periculosidade está associada diretamente ao fato da negação da superioridade de Deus.

Assim, ela violaria a ordem divina fundamental, pois quebra o primeiro grande mandamento: ‘Ame o Senhor o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’, e inevitavelmente, quebra o segundo grande mandamento: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’.
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Há ainda quem entenda que o maior perigo da soberba na atualidade é a sua transformação em virtude, na medida em que seja confundida soberba com orgulho e este com respeito próprio e auto-estima. Em outras palavras, a impugnação da motivação da soberba aportaria na confusão dos conceitos vícios-virtude, o que permitiria facilmente a soberba tornar-se virtude.

O exemplo bíblico clássico da soberba refere-se ao cometimento do vício original (Gênesis 3: 1-6). Nada pode ser mais caracterizador da soberba do que os atos perpetrados pelo primeiro casal ao comer o fruto da árvore proibida. Fica bem evidenciada a negação da relação de dependência e subordinação da criatura para com o Criador, bem como a vontade de igualar-se a Deus, tomando posse de todo o conhecimento (do bem e do mal).

Boa sorte a (nós) todos.

Miami/FL, 23 de fevereiro de 2012.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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