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Cajamar - São Paulo

Delegado afirma que morte de adolescente em São Paulo é 'crime de vingança'

A cabeça de Vitória foi encontrada raspada. Além disso, a jovem foi encontrada decapitada.

A morte da adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, em Cajamar, na grande São Paulo, está sendo investigada como um crime de vingança. O delegado responsável pelo caso, Aldo Galiano Junior, afirmou que a principal linha de investigação aponta para uma traição como motivação do assassinato.

“Com certeza é crime de vingança. Provavelmente partiu de uma traição”, declarou Galiano, que também citou indícios de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) na execução.

Dois sinais característicos de crimes organizados pelo PCC foram identificados na cena do crime. O primeiro é que a cabelo de Vitória foi encontrada raspada, um ato frequentemente ligado à chamada “talaricagem”, termo usado para classificar quem se envolve com parceiros de amigos. O segundo fator é a presença de uma célula do PCC na região onde o assassinato ocorreu. Além disso, a jovem foi encontrada decapitada e com sinais de tortura.

Foto: Reprodução/Redes SociaisVitória Regina de Souza
Vitória Regina de Souza

Pelo menos sete pessoas estão sendo investigadas pela morte de Vitória, entre elas seu ex-namorado, Gustavo Vinícius Santos, e o atual companheiro da jovem. Além deles, outros suspeitos foram identificados, incluindo dois homens que interagiram com Vitória em um ônibus e dois que a abordaram de carro enquanto ela esperava o coletivo. Um fio de cabelo foi encontrado dentro do veículo de um dos suspeitos e a polícia aguarda o resultado dos exames do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar se pertence à vítima.

O ex-namorado de Vitória se apresentou à polícia na tarde desta quinta-feira (6), alegando estar se sentindo "coagido e correndo risco". Apesar disso, ele não foi preso. O delegado Aldo Galiano Junior apontou inconsistências no depoimento de Gustavo em relação aos demais envolvidos, destacando que sua versão dos fatos não se encaixa na linha do tempo estabelecida pela investigação. Até o momento, outras 13 pessoas já foram ouvidas pela polícia.

O corpo da adolescente foi localizado em uma área rural de Cajamar e reconhecido pelos familiares devido às tatuagens e a um piercing no umbigo. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o cadáver estava em avançado estado de decomposição e que exames periciais foram requisitados ao IML.

A polícia aguarda os laudos periciais para esclarecer mais detalhes sobre o crime, a investigação segue em andamento.

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