Giovana Matos
Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreenderam, no dia 21 de novembro, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), adornos feitos com penas de aves brasileiras ameaçadas de extinção, que estavam sendo transportados por uma passageira vinda dos Estados Unidos. As peças, que incluíam brincos e colares, foram inicialmente descobertas na bagagem da mulher por auditores da Receita Federal, que imediatamente acionaram a equipe do Ibama.
Das nove peças encontradas, cinco continham penas de psitacídeos, como papagaios e araras, espécies protegidas por leis nacionais e internacionais. O comércio internacional dessas aves ou suas partes é regulamentado pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES).
Devido aos riscos zoossanitários e à impossibilidade de serem destinadas a instituições de pesquisa, as peças foram destruídas pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).
A passageira foi multada em R$ 27 mil por transportar partes de animais da fauna nativa sem a devida autorização. O valor da multa poderá ser utilizado para financiar programas e projetos ambientais voltados à recuperação da fauna nativa.
O tráfico de produtos e subprodutos ilegais da fauna brasileira incentiva a caça ilegal, prejudica as populações de animais nativos e contribui para o desequilíbrio ambiental.
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