A 11° Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15° Região condenou a Mercedes-Benz a pagar uma indenização milionária por danos morais coletivos. O processo foi iniciado em 2019 pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas.
A empresa é acusada de assédio moral e discriminação baseada na cor, raça e deficiência dos funcionários. Os depoimentos mostraram que as vítimas, que tiveram que se afastar pelo INSS, sofreram isolamento durante o processo de reabilitação.
Foram apresentadas evidências pelo MPT onde mostram que, segundo o desembargador Luís Henrique Rafael, os superiores tiveram atitudes “capacitistas”, pois, em insinuações tentaram definir quais características físicas eram aceitáveis, com isso os trabalhadores sofreram marginalização e perderam chances de promoção e salários mais altos.
Outros depoimentos relatam situações humilhantes, como um funcionário que foi chamado de “macaco” e outro com lesão na coluna que teve sua condição atribuída ao aumento de peso, sendo chamado de “gordo”.
O valor chega a R$ 40 milhões, que será destinado a uma entidade beneficente escolhida pelo MPT, a montadora poderá recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Caso a empresa descumpra a decisão judicial, terá que pagar R$ 100 mil de multa por
A montadora emitiu uma nota informando que não comentará processos em andamento e aproveitou para reforçar seu comprometimento com a proteção e segurança de seus colaboradores.
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