O Tribunal de Contas do Município (TCM) apontou um superfaturamento de R$ 67 milhões em 18 obras emergenciais contratadas pela Prefeitura de São Paulo na gestão de Ricardo Nunes (MDB) entre os anos de 2021 e 2022. As contratações se deram sem licitação.
Segundo o site Metrópoles, foram contratadas obras de contenção de córregos em bairros da periferia de São Paulo, contudo, o relatório assinado por três técnicos do Tribunal de Contas revelou que as construtoras escolhidas cobraram preços acima do mercado. As 18 obras fiscalizadas pelo TCM custaram R$ 442 milhões.
O suposto faturamento foi constatado por meio de análises dos contratos e visitas às obras.
Ainda conforme o órgão fiscalizador, foram encontradas as seguintes irregularidades: contratos com serviços duplicados, preços de itens superiores aos do mercado e repetidas cobranças nas taxas de administração das obras.
O Tribunal de Contas passou a investigar a prefeitura após os gastos com serviços emergenciais – sem licitação – aumentarem substancialmente após Ricardo Nunes assumir a prefeitura em maio de 2021, com a morte do então prefeito Bruno Covas.
Prefeito nega irregularidades
Em entrevista à imprensa na manhã desta sexta-feira (22), Ricardo Nunes negou as irregularidades e disse que a divulgação dos dados referentes à investigação tem motivação política. “Não há o que se falar em questão de superfaturamento. É uma irresponsabilidade fazer isso. Vai chegando perto da eleição e, evidentemente, todo mundo vai ficando ‘exaltadinho’”, disse o prefeito, durante um anúncio de programas de mobilidade urbana na Capital.
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