Após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), há seis dias, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, anunciou que o governo vai enviar ao Congresso Nacional uma revisão da lei que trata sobre a Política Nacional de Segurança de Barragens. O envio será feito "de forma imediata", segundo o porta-voz. Além disso, Barros confirmou que a chamada lei anticrime, elaborada pelo ministro Sérgio Moro, também será enviada.
O porta-voz não deu detalhes de quais mudanças seriam sugeridas ao Congresso. Na segunda-feira, o governo já havia anunciado que criaria um grupo de trabalho para promover a atualização da lei. Ao mesmo tempo, anunciou também que, através de uma portaria, recomendaria fiscalização imediata de todas as barragens "que possuem dano potencial alto associado à vida humana".
Atualmente, a segurança de barragens como as de Brumadinho e Mariana, em Minas, é atestada por laudos produzidos pelas próprias mineradoras ou por auditorias contratadas. A Agência Nacional de Mineração (ANM), responsável pela fiscalização, tem apenas 35 fiscais capacitados para atuar nas 790 barragens de rejeitos de minérios em todo o País. O número é considerado insuficiente.
Desde o rompimento em Brumadinho, na sexta-feira, 25, as equipes de resgate confirmaram a morte de 99 pessoas em Brumadinho. Há ainda 259 desaparecidos e outras 176 pessoas fora de suas casas.
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Israel deixa resgate em Brumadinho nesta quinta-feira
Sobe para 99 o número de mortos no desastre em Brumadinho
Ver todos os comentários | 0 |