A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o número de pessoas que morrem anualmente em todo o mundo por causa de erros médicos que poderiam ser evitados. Segundo a entidade, ao todo 2,6 milhões de pessoas vieram a óbito. Os erros mais comuns estão relacionados a prescrição, uso de medicamentos e diagnósticos.
A OMS ainda informou que 4 a cada 10 pacientes sofrem algum tipo de negligencia durante atendimentos primários e ambulatórios. A instituição também afirma que os erros relacionados a medicações acabam resultando em um gasto de 40 bilhões de dólares por ano.
Com o intuito de chamar atenção e conscientizar as instituições de saúde, a OMS criou o Dia Mundial da Segurança do Paciente, que é celebrado no dia 17 de setembro. Neste ano, a campanha recebe o nome de “Engajar pacientes para a segurança do paciente”.
O slogam busca ressaltar a importância das instituições de saúde ouvirem os seus pacientes e pessoas relacionadas a eles, como familiares e cuidadores, com o objetivo de tornar estes mais ativos nos cuidados daqueles que estão precisando de cuidados médicos.
Para o presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp), Victor Grabois, o slogam ajuda a reforçar a necessidade de escutar este pacientes, com o objetivo incluir ele nos processos de cuidado.
“Esse slogan da OMS reforça a importância de darmos um nível de representatividade e de escuta para esse paciente muito superior ao que temos tido atualmente na maioria das instituições de saúde. É uma ideia de inclusão do paciente em todo o processo de cuidado, fornecendo um atendimento seguro e de qualidade e garantindo os seus direitos”, explicou o presidente.
Como garantia dos direitos dos pacientes, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, aprovou um estatuto que mostra os direitos dos pacientes. Este estatuto tem como objetivo “garantir a dignidade e a autonomia ao cidadão que precisa de serviços de saúde de qualquer natureza em hospitais público ou privados”.
Confira lista
- Direito de ser transferido para uma outra unidade em condições adequadas;
- Direito de saber tudo o que é feito com ele e que isso seja registrado no prontuário de forma clara e objetiva;
- Direito de ter suas perguntas respondidas sobre o seu diagnóstico e sobre o prognóstico;
- Direito de receber informações sobre as medicações que está recebendo e qual a forma de aplicação;
- Direito de ser consultado e informado antes de ser submetido a qualquer tipo de procedimento ou cirurgia;
- Direito de ser tratado como ser humano e sem qualquer tipo de discriminação.
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