O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira, 16, que pretende tomar a vacina da covid-19 "por último". A declaração foi feita a apoiadores que o esperavam em frente ao Palácio da Alvorada.
"O que acontece, tem muita gente apavorada aí aguardando a vacina, então deixa as pessoas tomarem na minha frente. Vou tomar por último. Eu acho que essa é uma atitude louvável. Porque tem gente que não sai de casa, está apavorado dentro de casa", disse Bolsonaro. Aos simpatizantes, o presidente chegou a se queixar que a imprensa teria criticado a sua decisão de se vacinar por último. "Em vez da imprensa me elogiar, me critica", citou.
Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, com 66 anos de idade, Bolsonaro está apto a receber a vacina no Distrito Federal desde o dia 3 de abril. Um dos argumentos do presidente para não receber o imunizante é o fato de já ter contraído o vírus em julho do ano passado.
O chefe do Executivo e aliados passaram a defender a imunização para a retomada da economia. Agora, o governo tenta compensar o atraso nas negociações das vacinas e seus insumos. O Ministério da Saúde também não tem atualizado os cronogramas de entregas das vacinas, depois de críticas por recuos nas previsões de doses que chegariam a cada mês ao Brasil.
Ontem, após o apelo de governadores que se reuniram ontem com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), a instituição anunciou a antecipação da entrega de doses ao Brasil. Nesta manhã, o Ministério da Saúde informou que o governo brasileiro deve receber 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 em maio, fruto do consórcio Covax Facility.
Segundo a pasta, os imunizantes serão adquiridos via Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). O primeiro lote da Covax Facility foi entregue em março com pouco mais de 1 milhão de doses da AstraZeneca/Oxford, produzidas na Coreia do Sul pelo laboratório SK Bioscience.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também informou na quarta-feira, 14, que a farmacêutica Pfizer deve antecipar o envio de cerca de dois milhões de doses ao Brasil no primeiro semestre. A previsão de entrega até junho desta vacina é de 15,5 milhões de doses. No total, o governo contratou 100 milhões de doses da Pfizer.
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