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Saúde

Estudo dos EUA mostra que crianças expostas ao flúor possuem QI menor

Cientistas norte-americanos destacaram que o impacto em escala populacional pode ser significativo.

Uma revisão rigorosa de pesquisa conduzida ao longo de nove anos concluiu que níveis elevados de flúor estão associados a uma redução no QI de crianças. De acordo com o estudo da revista JAMA Pediatrics, cada aumento de 1 parte por milhão de flúor na urina, indicador da exposição total ao flúor de uma pessoa, está relacionado a uma queda de aproximadamente 1 ponto no QI infantil.

Embora a redução pareça pequena em um nível individual, os pesquisadores destacam que o impacto em escala populacional pode ser significativo, especialmente para grupos vulneráveis, como crianças que enfrentam pobreza ou desnutrição. “Uma diminuição de 5 pontos no QI de uma população quase dobraria o número de pessoas classificadas como intelectualmente incapacitadas”, alertam os autores.


O estudo foi conduzido por cientistas do Programa Nacional de Toxicologia (NTP) do governo dos Estados Unidos, que avalia os potenciais efeitos nocivos de produtos químicos e substâncias como radiação de telefones celulares. A pesquisa, iniciada em 2015, passou por várias revisões antes de sua publicação, o que gerou críticas de que o processo poderia ter atrasado sua divulgação.

Os resultados reacendem o debate sobre os possíveis efeitos adversos do flúor, amplamente utilizado na fluoretação da água e em produtos odontológicos. Especialistas recomendam cautela na interpretação dos dados e sugerem novas investigações para avaliar melhor os riscos em diferentes populações e níveis de exposição.

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