O governo de São Paulo deve adiantar o recesso escolar de 15 dias para paralisar as aulas e fechar escolas no momento mais difícil da pandemia no Estado. Segundo apurou o Estadão, a medida está sendo discutida nesta quinta-feira, 11, em reuniões com membros do governo e do Centro de Contingência contra a Covid e deve ser anunciada às 12h45. As escolas particulares e municipais terão autonomia para fechar ou não.
Em vídeo no twitter nesta quinta-feira, o governador João Doria avisou que vai tomar medidas mais restritivas para conter o avanço do coronavírus. Segundo o Estadão apurou, o governo pode restringir horários de funcionamento de padarias e mercados, para diminuir a circulação de pessoas.
Desde quarta-feira, os membros do centro de contingência e do governo já fizeram três reuniões para decidir as restrições. A sensação atual é a de que a fase vermelha não foi suficiente para conter a circulação.
O recesso escolar na rede estadual acontece em abril e em outubro, totalizando 15 dias. As outras redes têm calendário próprio e costumam fazê-lo em julho. O secretário de Educação, Rossieli Soares, tem lutado internamente no governo para manter as escolas abertas, como fizeram países desenvolvidos. Elas funcionaram até agora por um decreto estadual que permitia o funcionamento da educação até na fase vermelha do plano de flexibilização.
Segundo o Estadão apurou, a Prefeitura de São Paulo também defende que as escolas continuem abertas e vai estudar a recomendação do Estado para fechamento por 15 dias.
A taxa de ocupação é de 82% em UTI, média que é de 82,8% na Grande São Paulo. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no Estado, enquanto é de 74,2% na região metropolitana da capital.
Nesta terça-feira, o Estado registrou 517 mortes pelo novo coronavírus, o número mais alto desde o começo da pandemia. Até então, o recorde era do último dia 2, com 468 óbitos. O número de casos também continua subindo, e é o maior deste ano, com registro de 16.058 infectados em 24 horas.
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