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Saúde

Piauí registrou 138 casos de H1N1 e 7 mortes no primeiro trimestre de 2020

Os dados são do Laboratório Central do Piauí (Lacen), que está desenvolvendo uma pesquisa sobre a síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave.

Levantamento do Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen) sobre as investigações de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no estado apontam crescimento no número de testes positivos para H1N1 da ordem de mais de 1.500% nos três primeiros meses de 2020. Ao todo 128 casos foram registrados e sete pessoas morreram em decorrência da doença no estado.

“Dentro do trabalho de combate ao coronavírus, fizemos um levantamento junto ao Lacen dos exames de swab (cotonete) nasal realizados de janeiro a maio deste ano e comparamos com os de 2019. Foram detectados 128 casos positivos para H1N1, sendo que, no ano passado, se detectou apenas um caso da doença, no mesmo período”, explica o médico intensivista e integrante do Comitê de Organização Emergencial da Sesapi, Bruno Ribeiro.


Comparando-se o período de janeiro a março de 2020, com o período correspondente de 2019, a demanda para testagem de vírus respiratórios aumentou quase 900% no Piauí, por conta da pandemia da Covid-19. “Percebemos que o número de casos positivos de H1N1 são mais que o triplo das amostras positivas para o novo coronavírus. Isso é preocupante, pois estamos falando de uma doença que tem vacinação e medicamentos para o seu tratamento”, lembra o médico.

Entre janeiro e março de 2019, 0,4% das amostras de Swab nasofaríngeo foram positivas para H1N1, enquanto no mesmo período de 2020, a positividade aumentou para 6,3% das amostras testadas, o que representa 1.575% a mais. “As testagens foram realizadas pela técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) – que é capaz de detectar o material genético do vírus nas secreções do paciente. Essa mesma técnica é utilizada para a detecção do novo coronavírus”, afirmou a diretora do Lacen, Walterlene de Carvalho.

Óbitos e campanha

O Lacen também informou que dos 47 óbitos registrados desde o início da pandemia de coronavírus, oito foram por Covid-19, sete por H1N1, dez por outros vírus e 22 por outras causas. “Nosso estado já mostrou esse número alto de óbitos para H1N1, uma doença que é capaz de causar um quadro respiratório semelhante à Covid-19”, ressalta o médico Bruno Ribeiro.

A melhor forma de prevenção contra a gripe H1N1 é a vacinação, cuja Campanha Nacional começou no dia 22 de março. Na primeira etapa, as doses são direcionadas a idosos e profissionais da saúde. A segunda fase terá início no dia 16 de abril.

O superintendente de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Herlon Guimarães, chama o público-alvo para se vacinar. “Na segunda etapa da campanha de vacinação contra a gripe, estão sendo convocados os profissionais das forças de segurança e salvamento, doentes crônicos, caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários. Lembramos que ainda estamos em um momento de isolamento social, então pedimos que o público procure os posto de vacinação, de uma forma que não crie aglomerações”, enfatiza.

A terceira etapa da campanha começa no dia 9 e vai até 22 de maio e contempla professores, crianças de seis meses a menores de seis anos, grávidas, mães no pós-parto, população indígena, pessoas acima de 55 anos e pessoas com deficiência.

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