Em apenas 24 horas, o número de mortos em decorrência da infecção do novo coronavírus subiu 57% na Itália, chegando a 366 neste domingo, 8. No sábado, o registro oficial do governo era de 233 mortes. O total de infectados saltou para 7.375. Com isso, provavelmente o país passa a ser o segundo com mais infectados no mundo, atrás somente da China.
O rápido crescimento de casos e mortes ao longo deste fim-de-semana levou o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, a decretar quarentena na região norte do país, em todo o Estado da Lombardia e em mais 14 províncias, isolando 16 milhões de pessoas. Cidades como Milão e Veneza estão no cerco.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima que de 70 mil a 90 mil brasileiros estão nesta área. O bloqueio está previsto para durar até o dia 3 de abril. Além da quarentena, o governo italiano determinou o fechamento de escolas, ginásios, museus, cinemas e clubes noturnos, entre outros espaços públicos da região.
Entre 40 mil e 60 mil brasileiros estão na região da Lombardia, área mais afetada pelo novo coronavírus. O Itamaraty ressalta, contudo, que os dados são estimados, uma vez que os brasileiros não têm a obrigação de se registrarem no consulado.
O governo ainda não tem uma posição sobre a eventual possibilidade de resgatar brasileiros que manifestarem interesse de sair da Itália, a exemplo do que foi feito com os cidadãos do País que estavam em Wuhan, na China, epicentro de contágio do coronavírus.
Em fevereiro, o governo brasileiro resgatou 34 pessoas que estavam em Wuhan. Na chegado ao Brasil, os brasileiros e a tripulação (que somava 14 pessoas) passaram por quarentena em Anápolis (GO) por duas semanas.
No Brasil, são 20 casos de pessoas com coronavírus, 19 deles confirmados pelo Ministério da Saúde e um deles identificado neste domingo pela manhã pela Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. Uma atualização sobre os dados nacionais deve ser divulgada pela pasta entre 16h e 17h.
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