O número de mortos em decorrência de infecção pelo coronavírus na China chegou a 80, de acordo com balanço divulgado neste domingo, 26. O governo chinês informou que a quantidade de infectados também cresceu e chegou a 2.744 casos confirmados, 769 a mais em relação ao último comunicado.
Mais 24 pessoas morreram em Wuhan, na província de Hubei, epicentro do surto. O aumento contínuo das infecções tem preocupado o governo chinês, segundo reportagem do jornal americano The Washington Post. O periódico estima que a quarentena esteja sendo aplicada a uma população de 50 milhões de pessoas, equivalente a de um país como a Espanha. A China endureceu neste domingo as restrições de circulação para conseguir deter o avanço do vírus.
Em entrevista coletiva neste domingo, 26, o ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, disse que a capacidade de transmissão do coronavírus está se fortalecendo e que o número de infecções pode continuar aumentando. De acordo com o ministro, o conhecimento das autoridades sobre o novo vírus é limitado e que eles não são claros sobre os riscos decorrentes de mutações do vírus.
Na coletiva, o ministro explicou que o período de incubação do coronavírus pode variar de 1 a 14 dias e que vírus é infeccioso durante a incubação, o que não foi o caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), um coronavírus que se originou na China e matou quase 800 pessoas globalmente em 2002 e 2003. As autoridades chinesas anunciaram que estão começando a desenvolver uma vacina contra o vírus, tendo isolado com sucesso uma cepa do vírus.
O presidente Jair Bolsonaro informou neste domingo, 26, que o Ministério da Saúde do Brasil e as Forças Armadas estão cientes dos riscos do coronavírus. "Estamos preocupados obviamente, mas não é uma situação alarmante. Não existe nenhum caso confirmado no Brasil", disse o presidente a jornalistas ao chegar de um compromisso oficial em Nova Délhi, na Índia, onde está em uma missão de quatro dias.
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