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Saúde

Moradores denunciam que são xingados por médica e enfermeira em Teresina

Tanto a médica quanto a enfermeira negaram as acusações em entrevista ao GP1. Ambas garantem que estão sendo vítimas de calúnia.

Os moradores do Povoado Ave Verde, zona Rural de Teresina, fizeram abaixo assinado e enviaram anexado a um ofício ao presidente da Fundação Municipal de Saúde, João Rodrigues no último dia 12 de julho. O objetivo era pedir o afastamento da médica Milena Cantuário Cavalcante e da técnica em enfermagem Danielle Carvalho Veloso que trabalham no posto de Saúde local. O presidente do Ave Verde, José Milton assinou e carimbou o documento. Vale lembrar que os moradores dos povoados Garupa e Fazenda Soares também reclamam do atendimento.

De acordo com as informações contidas no ofício, ambas fazem parte da equipe 234 que deveria atender à tarde. Os moradores alegam que estão abandonados e que ambas não compareciam para atender. Além do Ave Verde

“É com muita revolta que pedimos a você [João Rodrigues] o afastamento dessa médica Milena imediatamente da nossa comunidade. Nós vamos tirar ela a força se o nosso pedido não for atendido. Estamos abandonados sem médico”, relata o oficio enviado ao presidente da FMS.

Os moradores dos povoados disseram também que a doutora citada atende no Hospital do bairro Satélite, nos horários em que deveria dar plantão na zona rural de Teresina. “Se a gente for ao Satélite ela esta lá no hospital”.

A técnica em enfermagem Danielle, de acordo com os moradores, também teria uma postura questionável com os pacientes. “Uma técnica de enfermagem chamada Danielle xinga os pacientes é ignorante. Maltrata os idosos e faz as crianças chorarem dizendo que vai aplicar injeção. Queremos que tire essa enfermeira também”, pedem os moradores.

Médica Milena Cantuário

A doutora Milena em entrevista ao GP1 se defendeu das acusações. Segundo ela, um ex-diretor do Posto tem feito calúnias e inclusive, incitando os moradores a fazer o abaixo assinado.

“Essa informação é caluniosa. Fizeram um abaixo assinado com pessoas que nem sabem assinar. Sabemos disso porque vivenciamos o dia a dia do posto. Tem gente que vai ao posto e não assina o nome porque não sabe. E lá, no documento está com nome assinado de maneira legível. Por isso, vamos pedir um exame grafotécnico por suspeitarmos de falsificação de assinaturas. Quero esclarecer ainda que, toda polêmica iniciou por conta de um ex-diretor do Posto que se desentendeu com a enfermeira ao ponto da mesma fazer um boletim de ocorrência contra ele. Ficamos sabendo que esse ex-diretor teria orientado os moradores para fazer o abaixo assinado onde ele teria relatado o que deveria ser inscrito no documento. Eu já cheguei a ser e agredida por não dar atestado e nem por isso levei o fato a público”.

Com relação às supostas faltas, a médica também negou, inclusive, declarou que tem como provar a presença por meio das movimentações diárias no Posto de Saúde. “Tenho movimentações que comprovam minha presença no Posto. Não falto ao meu trabalho. Quero explicar ainda que, também trabalho no Hospital do bairro Satélite, mas nos horários da noite e manhã justamente para não chocar com o horário de atendimento do Posto que é a tarde. Enfim , essas denúncias são caluniosas e não procedem. Qualquer pessoa que for ao Posto pode comprovar o que estou falando”, garantiu a médica.

Enfermeira Daniela Carvalho

De acordo com a enfermeira que também está sendo denunciada, todo fato não passou de calúnia. Ele explicou a nossa reportagem que seu nome foi citado no oficio sem necessidade e que o principal objetivo do documento seria relatar as possíveis faltas da médica Milena Cantuáro. Daniela revelou que, teria começado a ser perseguida após desentendimento com o ex-diretor do Posto de Saúde, conhecido como José Ribamar.

“Isso tudo não passa de calúnia. Eu passei a ser perseguida depois que comecei a denunciar irregularidades cometidas pelo ex-diretor do Posto, o senhor Ribamar. Eu denunciei que o mesmo retirava material do Posto de Saúde, falei também da ausência de documentos que deveriam estar lá [posto]. Eu estava cumprindo horário de uma funcionária e ele não lançava no sistema e ficava como se eu não estivesse comparecendo. Os documentos com as movimentações, inclusive com as minhas presenças deveriam ficar no posto, mas ele [Ribamar] levava pra casa. O Ribamar chegou a me ameaçar dizendo que era policial e que eu deveria ficar respeitá-lo e me calar. Por isso, eu cheguei até fazer um B.O. Eu escolhi a área de saúde para atuar justamente por me identificar. Eu jamais seria capaz de xingar alguém ou destratar. Eu não seria louca de fazer isso. Jamais trataria alguém mal. Devido toda confusão, ele [Ribamar] foi transferido para o bairro Anita Ferraz. Inclusive, tivemos uma audiência com o presidente da Fundação Municipal de Saúde, José Rodrigues, pois no oficio diz que teria que ser tomada uma decisão até o dia 18 deste mês se não eu e a médica seríamos tiradas do posto a força. A Fundação está tentando resolver a situação”, disse a enfermeira.

Presidente João Rodrigues

O GP1 tentou reiteradas vezes falar com o presidente da FMS José Rodrigues. Ao repassem a ligação para presidência chamou e ninguém atendeu. Retornamos a ligação em seguida e a mesma coisa aconteceu. No mesmo dia só que a tarde, o telefone só dava ocupado.

José Ribamar

Da mesma forma tentamos falar com o ex-diretor do Posto de Saúde dos povoados, José Ribamar, mas, não conseguimos.

Coordenador José Ferreira

O coordenador Geral da Regional Centro/Norte de Saúde de Teresina, José Ferreira Neto falou ao GP1 sobre a polêmica. De acordo com ele, o imbróglio teria sido iniciado após um problema pessoal entre a médica Milena, a enfermeira Daniela e o ex-diretor do Posto, José Ribamar.

“Houve um problema pessoal entre os três (medica Milena, enfermeira Daniela e ex-diretor Ribamar). Chegou ao ponto da comunidade fazer um abaixo assinado para pedir a retirada da doutora e da enfermeira do Posto Dois Irmãos. O documento assinado pela comunidade foi carimbado pelo presidente da Associação do Povoado Ave Verde, José Milton. O fato foi levado para Fundação Municipal de Saúde que vai investigar o caso. As duas citadas (medica/enfermeira) disseram que o Ribamar estava por trás desse abaixo assinado. Mas, o presidente da Ave Verde [José Milton] negou a informação na frente da doutora e disse que o abaixo foi uma iniciativa da própria comunidade e que o senhor Ribamar não teria nada com o caso. Mas, para evitar maiores problemas resolvi transferir o senhor Ribamar de lá. Nós chegamos a conversar com alguns agentes de saúde que nos falaram algo parecido com o que a comunidade vem alegando. Enfim, o certo é que a veracidade dos fatos está sendo investigada e as devidas providencias serão tomadas”, assegurou o coordenador.

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