O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), declarou neste sábado, 23, que a cidade enfrenta um rápido agravamento da pandemia da covid-19 e falta de leitos para atender a todos os pacientes. "Hoje o sistema de saúde de Porto Velho está em colapso", afirmou em coletiva de imprensa.
"Qualquer um aqui presente, se precisar de leito de internação, provavelmente não vai conseguir ser internado e, dependendo da gravidade, poderá sim vir a óbito", alertou. "Se você está cumprindo a recomendação do governo, permaneça em casa e se proteja, porque é real a chance de você morrer de coronavírus em Porto Velho".
De acordo com ele, a situação é mais grave do que a registrada no pico da pandemia em 2020, pois, dessa vez, a demanda cresceu de forma mais acelerada e simultaneamente em todo o Estado. "Hoje, todo mundo está acompanhando o que está acontecendo em Manaus. Estamos muito perto de viver aqui, na nossa cidade, de Porto Velho, e no nosso estado de Rondônia, uma tragédia humanitária".
Para a gestão municipal, um dos motivos é o relaxamento das medidas de distanciamento social nas festas de fim de ano. Há, ainda, uma suspeita que a nova variante amazonense do novo coronavírus também possa ter influência, porque Rondônia faz divisa com o Amazonas e os casos atuais estariam piorando mais rapidamente do que os registrados em 2020.
"Hoje, há uma agravamento muito mais rápido da doença. Meses atrás, levava de uma semana a 10 dias para ocorrer. Hoje é coisa de 3 ou 4 dias", alegou. "Isso coloca em estresse todo o sistema de saúde. Mesmo quem tem dinheiro, não vai ter atendimento hoje".
De acordo com a gestão municipal, cerca de 1 mil pessoas estão sendo atendidas diariamente por call center, serviço que também está sobrecarregado e não está conseguindo dar conta integralmente da demanda. "Está conseguindo atender de 80% a 90%", disse o prefeito.
Porto Velho - Rondônia
“Sistema de saúde de Porto Velho está em colapso”, diz prefeito Hildon
"Qualquer um aqui presente, se precisar de leito de internação, provavelmente não vai conseguir ser internado e, dependendo da gravidade, poderá sim vir a óbito", disse.
Por Estadão Conteúdo
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