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Política

Fábio Novo culpa operação da PF por derrota na eleição: "espero pedido de desculpas de Sílvio"

Petista afirmou que a investigação afetou diretamente sua candidatura a prefeito de Teresina.

O deputado estadual Fábio Novo (PT) comentou nesta quinta-feira (13) sobre o arquivamento do inquérito da Polícia Federal que o investigava, juntamente com o ex-secretário de Cultura Carlos Anchieta, por suspeita de desvio de recursos públicos, e alegou que a investigação foi usada de forma política. O parlamentar destacou que as apurações eram sigilosas e foram vazadas no período eleitoral, afetando diretamente sua candidatura a prefeito de Teresina contra o prefeito Sílvio Mendes (União Brasil), no qual o deputado espera um pedido de desculpas.

Segundo o petista, o inquérito, que foi anulado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), foi utilizado para desequilibrar o pleito, afetando sua imagem perante o eleitorado. Fábio Novo disse que, durante esse período, foi constantemente questionado por eleitores sobre as acusações de desvios de recursos na Secretaria de Cultura, algo que ele afirmou desconhecer.


Foto: Lucas Dias/GP1Fábio Novo, deputado estadual
Fábio Novo, deputado estadual

“Bom, no período da campanha eleitoral passada, houve uma operação da Polícia Federal. Essa operação fez uma busca e apreensão na casa do então secretário Carlos Anchieta, e isso era um inquérito que deveria ser sigiloso, mas terminou sendo vazado. Sabemos que foi um inquérito usado politicamente naquele período. O tempo passou, foram seis meses de muito sofrimento para mim, porque, na minha vida, o que eu construí e o que eu tenho é a minha honra, não uma família tradicional da política. Isso me doeu muito. Por que me doeu? Porque participei de várias eleições na minha vida e, pela primeira vez, encontrei um jovem me questionando sobre desvios de recursos na Secretaria de Cultura. E eu não sabia de nada, pois o inquérito era sigiloso. Passei três meses após a eleição tentando acessar esse inquérito através dos meus advogados, porque o que eu poderia responder se eu não sabia quais eram as acusações? Investigações devem ser feitas, mas com isenção, sem paixões políticas e com um único objetivo: a verdade dos fatos! Espero, no mínimo, um pedido de desculpas do Dr. Sílvio Mendes”, declarou Fábio Novo.

O deputado ressaltou que o inquérito foi utilizado para fins políticos, destacando que o vazamento das informações aconteceu justamente no período eleitoral, prejudicando sua candidatura. Fábio Novo afirmou que adversários políticos aproveitaram a situação para atacar sua imagem, ao invés de focar em propostas para Teresina.

“E o que foi irregular está no inquérito, provas foram colhidas sem autorização do juiz, provas que isentavam inclusive a Secult e o secretário foram deixadas de lado, e isso é muito grave. Essas provas só foram apresentadas depois, como se fossem novas evidências. Quem está dizendo isso não sou eu, é a Justiça, por unanimidade. Veja só, houve nesse inquérito um pedido de quebra de sigilos, não meu, do então secretário. É bom que se diga que eu não fui alvo no inquérito. O tempo todo eu disse isso à Justiça Eleitoral, estavam sendo usadas informações que nem eu mesmo tinha conhecimento. Isso foi usado, foi usado politicamente, sim. Não sou eu quem digo isso, é a propaganda eleitoral do meu adversário, que foi eleito no último mês. Não falava sobre propostas para Teresina, mas sobre um inquérito que hoje é nulo. Passou em todas as televisões onde havia horário eleitoral, com acusações de um inquérito que, agora, não tem valor”, ressaltou o petista.

Entenda

A 2ª Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu nessa quarta-feira (12), por unanimidade, anular as provas e arquivar o inquérito da Polícia Federal (PF) aberto em setembro de 2021 que investigava os ex-secretários da Cultura do Piauí, Carlos Anchieta e Fábio Novo (PT), atualmente deputado estadual, por desvio de recursos públicos da Lei Aldir Blanc destinados à Secretaria de Cultura do Piauí (Secult), entre 2020 e 2021. A investigação resultou na Operação Front Stage deflagrada em agosto de 2024.

O tribunal também declarou a nulidade da requisição de instauração do inquérito, reconhecendo a ilicitude dos elementos probatórios obtidos após setembro de 2021. Determinando assim, o arquivamento imediato do caso e a devolução dos bens apreendidos.

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