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Economia e Negócios

Shein acelera expansão no Brasil para evitar “taxa das blusinhas”

Empresa quer manter preços acessíveis no Brasil após a implementação da “taxa das blusinhas” em 2024.

A varejista chinesa Shein, conhecida pelo seu modelo de negócios baseado no e-commerce de moda, anunciou a aceleração de sua operação no Brasil com foco na nacionalização de sua produção. Após ter iniciado, em 2023, a contratação de revendedores brasileiros, a empresa já conta com cerca de 30 mil vendedores no país e espera chegar a 50 mil até o final de 2025. Além disso, a Shein agora prioriza a contratação de pequenas confecções no Brasil para ampliar seu portfólio de produtos locais, reduzindo a dependência de importações da China.

O modelo de marketplace adotado pela Shein no Brasil tem sido responsável por 60% de suas vendas no país. Em vez de depender exclusivamente de produtos importados, a Shein permite que revendedores brasileiros ofereçam suas roupas e acessórios na plataforma, aumentando a competitividade e reduzindo as flutuações cambiais. Isso ajuda a empresa a manter os preços acessíveis, principalmente após a implementação da “taxa das blusinhas” em 2024, que incide sobre compras internacionais de até US$ 50.


Em 2023, a Shein anunciou um plano para nacionalizar a produção de suas roupas no Brasil até 2026, com um investimento de R$ 750 milhões para contratar 2.000 fábricas locais. No entanto, o progresso tem sido mais lento do que o esperado, com apenas 300 fábricas já sendo parceiras. A mudança no modelo de produção exige uma adaptação por parte das indústrias locais, que precisam alinhar seus processos ao ritmo acelerado da demanda da Shein, conhecida por seu modelo de produção sob demanda e com ajustes rápidos conforme o interesse do consumidor.

A Shein continua a investir no Brasil, com três centros de distribuição localizados em Guarulhos, e já registrou um investimento de US$ 300 milhões no país. A empresa tem uma base de mais de 50 milhões de consumidores no Brasil e acumula 15 milhões de seguidores nas redes sociais. A expectativa é que a plataforma se torne ainda mais popular à medida que a Shein expande suas operações e ajusta sua oferta ao gosto e às necessidades do mercado local.

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