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Política

Jadyel Alencar foi o único deputado do Piauí a votar contra prisão de Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão é apontado como o mandante da execução da vereadora Marielle Franco.

O deputado Jadyel Alencar (PV) foi o único parlamentar do Piauí a votar contra a manutenção da prisão preventiva de Chiquinho Brazão (sem partido), preso no dia 24 de março sob acusação de ser o mandante da execução da vereadora Marielle Franco (Psol), do Rio de Janeiro, e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.

A Câmara dos Deputados manteve, por 277 votos a 129, a prisão preventiva do deputado, durante votação no plenário nesta quarta-feira (10). Entre os parlamentares piauienses, além de Jadyel, Júlio Arcoverde (PP) se absteve e os deputados Júlio César (PSD) e Florentino Neto (PT) não compareceram à sessão, este último por estar de licença médica.


Foto: Marcelo Cardoso/GP1Jadyel Alencar
Jadyel Alencar

Os demais – Átila Lira (PP), Castro Neto (PSD), Dr. Francisco (PT), Flávio Nogueira (PT), Marcos Aurélio Sampaio (PSD) e Merlong Solano (PT) – foram a favor da prisão, decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Votação

Foram 277 favoráveis à manutenção da prisão e 129 contra, além de 28 abstenções. Eram necessários 257 votos (maioria absoluta) para que o deputado continuasse preso. O plenário acompanhou parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), de autoria do deputado Darci de Matos (PSD-SC), que recomendava a manutenção da prisão por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça com o envolvimento de organização criminosa.

Prisões no caso Marielle

Além de Chiquinho Brazão, também foi preso suspeito de ser mandante do crime seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi o terceiro preso, acusado de envolvimento no duplo homicídio.

O assassinato de Marielle e Anderson ocorreu em 2018, quando Chiquinho Brazão era vereador da capital fluminense. O processo somente passou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) após ser identificado suposto envolvimento dos irmãos Brazão, que possuem foro privilegiado.

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