O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ordenou nesta segunda-feira (19) que o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, retorne ao Brasil. A determinação ocorre após a repercussão da fala do chefe do executivo, que comparou a ofensiva israelense em Gaza com o Holocausto promovido pela Alemanha nazista.
Frederico Meyer foi convocado por autoridades israelenses para dar explicações sobre a declaração do presidente brasileiro.
Lula se reuniu nesta segunda com o assessor especial da presidência, Celso Amorim, ministros e auxiliares. A expectativa é que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, faça um pronunciamento sobre o caso ainda hoje.
Declaração
Durante discurso em uma agenda na Etiópia, nesse domingo (18), Lula comparou as ações do Exército de Israel com o Holocausto. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse o presidente da República.
‘Persona non grata’
A afirmação repercutiu rapidamente, e o Governo de Israel declarou Lula como “persona non grata”. O é utilizado como instrumento jurídico nas relações internacionais, para indicar que um representante estrangeiro não é mais bem-vindo ao país.
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