O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, cancelou, na última sexta-feira (8), o contrato que disponibilizava uma área do Senado para uma empresa que atuava como salão de beleza exclusivamente para senadores e membros da corte.
Decisão foi tomada após a existência dessa sala ser divulgada na imprensa, pelo jornalista Cláudio Humberto. Em resposta, Dantas publicou um despacho afirmando que tomou conhecimento da concessão do espaço para se tornar um salão de beleza, através da imprensa.
O contrato que cedia uma área de 86 metros quadrados do Senado para ser um salão de beleza tinha previsão de acabar em 2034 e, segundo o Jornalista Humberto, os serviços prestados no espaço incluíam depilação intima de contorno, massagem e funcionava até mesmo durante o horário de trabalho dos Senadores.
O TCU é o órgão do governo que tem como função a fiscalizar de gastos do Executivo e do Legislativo, segundo o jornalista que fez a denúncia do uso desse espaço o salão de beleza obtinha aproximadamente R$ 127,7 mil por mês e a mensalidade era de R$ 2,8 mil.
O contrato
Segundo informações de Cláudio Humberto, o contrato com a empresa responsável pela operação do salão de beleza privativo na sede do TCU estipulava que a barbearia poderia gerar um faturamento de até R$ 127,7 mil mensais. A taxa de uso mensal do espaço era de R$ 2,8 mil, valor que cobria despesas com água, luz, limpeza e segurança.
Além do faturamento, o edital também especificava a estimativa de preço por serviço e incluía orientações sobre a conduta no local, como a proibição de abordar autoridades para tratar de assuntos pessoais.
O edital ainda estabelecia que a presença de um funcionário sem crachá, com uniforme sujo ou mal apresentado poderia resultar em multa.
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