O senador Marcelo Castro, presidente do Diretório do MDB do Piauí, conversou com o GP1 sobre a aproximação dos partidos que compõem o chamado Centrão, com o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para o senador emedebista, a governabilidade depende do “equilíbrio de forças”, sendo necessária a confraternização, até mesmo, com siglas rivais.
“Eu sou realista. Sou político e o presidente Lula precisa de maioria segura no Congresso Nacional para poder governar com tranquilidade. Então, eu não posso dizer que estou satisfeito e bato palmas para isso, mas sei que é uma necessidade [diálogo com partidos adversários]. Isso vai reverter em aprovações mais céleres nas questões da presidência”, analisou Marcelo à nossa reportagem.
No entanto, Marcelo Castro teceu duras críticas caso o Centrão articule a saída do senador piauiense licenciado, Wellington Dias (PT), do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), para acomodar um aliado do senador e presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira. “Portanto, compreendo a postura do presidente Lula, mas acho que o Ministério do Desenvolvimento Social tem a marca do PT e do presidente Lula. Então seria um antagonismo colocar à frente do ministério o Centrão. Mas em política tem de tudo, só não acontece de boi voar”, declarou o senador em tom descontraído.
A negociação dos partidos do Centrão com o Governo Lula (PT) estava bem avançada, visando a colocação de cargos para serem ocupados pelo PP, com a possibilidade do Ministério do Desenvolvimento Social, atualmente comandado pelo senador Wellington Dias (PT-PI), vir a ser comandado pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA), aliado de primeira hora do senador Ciro Nogueira. No entanto, ainda não existem acordos sacramentados, mas os entendimentos para abertura de espaços para o PP, estão em pleno andamento.
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