Na semana decisiva de votações da reforma tributária, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pagou cerca de R$ 8 bilhões em emendas parlamentares. Isso faz parte de um esforço por parte do governante para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária.
Quando a PEC foi pautada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em 4 de julho, o presidente liberou um total de R$ 2,1 bilhões em emendas. No dia 5, foram pagos R$ 5,3 bilhões aos parlamentares e no dia seguinte, dia da aprovação da reforma, R$ 1,1 bilhão foi destinado a deputados.
Desde o começo de 2023, o Planalto destinou mais R$ 16,3 bilhões em recursos para parlamentares. Mais R$ 6,6 bilhões de recursos já foram empenhados em anos anteriores, totalizando R$ 11 bilhões já pagos. Essas medidas foram feitas para atender o Centrão. A maior parte das liberações de dinheiro aconteceu nos dias de votações estratégicas para o Executivo.
Lula passou a campanha eleitoral de 2022 atacando o então presidente Jair Bolsonaro, pelos pagamentos de emendas de relator, chamado pelo petista de “orçamento secreto”. Na época, Lula disse que o mecanismo era uma “excrescência”.
Reunião com Lira
Na sexta-feira (07), Lula se reuniu com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e líderes partidários no Palácio do Alvorada. O encontro, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo, teve clima de descontração, uísque e cerveja à vontade aos convidados. O petista agradeceu aos parlamentares pelo esforço na aprovação das matérias nesta semana — em especial da reforma tributária.
Lula também indicou aos convidados que deverá lançar o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) durante o recesso parlamentar. O petista disse ainda que pretende realizar novas “reuniões” como a de sexta e ressaltou a importância da manutenção do diálogo entre o Executivo e o Legislativo.
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