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Petrobras trabalhou contra o Brasil, diz ministro de Minas e Energia

A declaração foi feita num evento para debater sobre sustentabilidade, infraestrutura e energia.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (15) que "a Petrobras, criminosamente, trabalhou contra o país nos últimos anos." Ele deu a declaração em São Paulo, durante o evento Esfera Brasil, que reúne políticos, autoridades e empresários para debater sobre sustentabilidade amazônica, infraestrutura e energia.

Perguntado sobre o que está sendo gestado para a Petrobras em termos de política comercial ou de política de preços, o ministro respondeu:


"Em sã consciência, ninguém vai negar o respeito à governança interna da Petrobras, à sua natureza jurídica de empresa de capital aberto. Mas também não nos faltará firmeza e coragem para assumirmos uma posição", disse o ministro de Minas e Energia. "O que nós vemos sobre a política de preços é que, primeiro, a questão do PPI é uma abstração, como bem falou o presidente Jean Paul (presidente da Petrobras)."

"A Petrobras, criminosamente, trabalhou contra o país nos últimos anos. O botijão de gás é vendido pela Petrobras 26% acima do preço do PPI. É um gás que, inclusive, é pago pelo governo para chegar à casa do pobre. A Petrobras tem gordura para poder queimar acima do PPI na gasolina e no diesel", acrescentou Silveira.

O que é a PPI?

Essa política de preços de combustíveis e do gás de cozinha foi adotada pela Petrobras em 2016. Segundo texto que pode ser encontrado no site da empresa estatal, a política tem como base dois fatores: "a paridade com o mercado internacional - também conhecido como PPI e que inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias – mais uma margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos."

O atual governo critica a medida, pois acredita que a empresa não precisa se submeter à isso, já que produz no próprio país e poderia cobrar o preço apenas do custo de produção mais o lucro.

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