Nesta semana, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que considera legítimo que o homem do campo tenha uma arma para se defender, situação que hoje é garantida pela legislação federal. Ele acha, no entanto, que o número de armas deve ser limitado “a uma ou duas”, pois mais que isso é exagero.
Conforme o ministro de Lula, o presidente da República concorda com a posição. “É legítimo o homem do campo ter uma ou duas armas lá para fazer a primeira defesa, um pouco de munição. Porque, lógico, ele está a 50, 100 quilômetros da cidade. Se ele ligar 190 [número da polícia], dá tempo de o bandido barbarizar, fazer o que quiser dentro da propriedade, roubar, bater, espancar e não chegou a polícia ainda”, declarou o ministro da Agricultura, durante uma coletiva.
“Se a criminalidade tiver a certeza que lá no campo não tem nenhuma arma, a vulnerabilidade é certa e o risco do homem do campo é iminente. E o presidente também pensa assim”, acrescentou Carlos Fávaro.
Histórico
No entanto, uma das primeiras medidas do governo Lula, que iniciou no dia 1º de janeiro, foi revogar decretos do governo de Jair Bolsonaro sobre acesso a armas e munições, na tentativa de reduzir o acesso da população civil às armas. O governo também abriu prazo para que itens sejam recadastrados, em um sistema da Polícia Federal, tirando a competência do Exército.
Além disso, durante o governo Bolsonaro foi aprovada em Congresso uma lei específica para o produtor rural, em 2019. A Lei 13.870, em vigor, permite o porte de arma por toda a extensão da propriedade rural, e não apenas na sede.
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