Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, afirmou que errou ao não arquivar o requerimento para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro. A CPI tinha como objetivo chegar aos culpados pela depredação do patrimônio público durante protestos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A fala de Pacheco foi uma resposta à senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) que acusou o presidente do Senado de dar uma “interpretação pessoal” ao pedir uma lista de assinatura alcançadas na legislatura anterior, em que 15 congressistas apoiaram a CPI. Nove senadores retiraram o apoio e outro 20 deixaram de assinar o novo documento.
“Talvez o que tenha sido o equívoco desta presidência foi, em razão da atipicidade dessa situação, da gravidade do 8 de janeiro, de um requerimento feito no recesso parlamentar, com número de assinaturas suficientes, ter deixado de arquivá-lo”, disse Pacheco, na terça-feira 21. “E, de fato, eu deixei de arquivar esse requerimento, como fiz com todos os outros requerimentos que estavam pendentes de apreciação, como sempre foi no Senado Federal", disse o presidente do senado.
Pacheco também garantiu não ter realizado “manobras” contra a CPI. Durante entrevista coletiva, Soraya declarou que não concordava com a forma como ocorreu o processo de ratificação. Mesmo com a CPI encerrada, ainda há possibilidade de abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, de autoria do deputado federal André Fernande (PL-CE), que também investiga os responsáveis pela depredação do patrimônio público na Praça dos Três Poderes.
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