Wanessa Gommes
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu pelo arquivamento da ação que investigava nepotismo cruzado entre o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT), e o deputado distrital Chico Vigilante (PT). O relator foi o ministro Antonio Anastasia.
A filha de Wellington Dias, Iasmin Dias Helou, foi nomeada para o gabinete de Vigilante no dia 24 de janeiro deste ano. Três meses depois, Flávio Morais dos Santos, filho do deputado, ganhou um cargo no gabinete da suplente do ministro de Lula no Senado, Jussara Lima.
O caso foi levado ao TCU pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, que também viu indícios de que Flávio Morais seria um funcionário fantasma.
Contrariando parecer da área técnica do TCU, a corte de contas alegou que a representação não apresentou indícios mínimos de irregularidades e que “a capacidade de atuação corretiva do Senado Federal e a do seu órgão de controle interno é suficiente para dar o adequado tratamento ao fato noticiado”.
No dia 1º de novembro, Iasmin Dias foi exonerada do gabinete de Vigilante.
O que disse a área técnica
Relatório da área técnica do TCU afirmou se tratar de nepotismo cruzado. Além disso, a unidade de Auditoria Especializada em Pessoal (AudPessoal) estimou um prejuízo de R$ 632,3 mil aos cofres públicos caso viesse a ser confirmado que Flávio Morais dos Santos seja um servidor fantasma.
"Entende-se assim que a destacada condição pública do senador afastado Wellington Dias, então Ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, possa, a partir das relações de poder, exercer influência - ainda que implícita -, para a manutenção de Flávio Morais dos Santos no Gabinete da Senadora Jussara Lima, suplente de Wellington Dias", diz trecho do relatório.
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