O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi uma das peças fundamentais para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina fechasse um acordo com a Argentina e concedesse um empréstimo de US$ 1 bilhão no final de agosto.
O objetivo era auxiliar o governo argentino, presidido por Alberto Fernández, aliado de Lula e participante do Foro de São Paulo. A Argentina precisava do dinheiro para quitar as dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e, assim, liberar um desembolso de US$ 7,5 bilhões.
Teoricamente, o país vizinho já havia esgotado o seu limite de crédito disponível, mas Lula recorreu ao peso do Brasil no banco, chamado de Comunidade Andina de Fomento (CAF), para que aprovasse a transferência de US$ 1 bilhão diretamente para o FMI, em nome da Argentina.
A intermediação com a entidade latino-americana foi feita por Simone Tebet, ministra do Planejamento e governadora do Brasil no CAF. Tebet precisava conceder seu aval para que a transação financeira ocorresse, o que foi feito a pedido de Lula.
Dos 21 países-membros do CAF, somente o Peru foi contrário à concessão. Como consequência, o FMI autorizou o novo acordo e liberou o dinheiro.
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