Quarta colocada nas pesquisas de intenção de voto, a candidata à Presidência pelo MDB, senadora Simone Tebet (MS), repudiou nesta quinta-feira, 22, a ofensiva da campanha do presidenciável petista, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem pedido a eleitores de outros candidatos, supostamente com menos chances na corrida eleitoral, que votem nele já em 2 de outubro. O objetivo é obter mais de 50% dos votos válidos já no primeiro turno.
“Voto útil é o nosso”, afirmou Simone, na mesma semana em que se intensificaram os pedidos de apoio ao candidato do PT. Líder nas pesquisas, Lula tem atraído adesões públicas de personalidades sem identificação com o petismo.
“Voto útil é o voto do futuro, não é nem tentar votar às velhas fórmulas do passado, que não deram certo, que ficaram quatro mandatos e não fizeram o dever de casa - que é uma verdadeira revolução através de educação de qualidade aos nossos filhos -, e muito menos manter um governo insensível, que não planeja, não conhece as realidades do Brasil e só vive criando crises artificiais para esconder a sua incompetência e a sua incapacidade”, disse Simone, em visita à sede da Fiocruz, no Rio, referindo-se ao PT e a Bolsonaro.
Segundo a candidata do MDB, a candidatura dela tem baixa rejeição e “vem numa crescente”. “Saímos de 70% de desconhecimento (sobre na campanha) para um terço de desconhecimento. Isso não é pouca coisa”, ressaltou.
A senadora aproveitou a visita à sede da Fiocruz para afirmar que, se eleita, investirá fortemente em ciência, inclusive tirando a previsão de recursos do teto de gastos. “Nenhum centavo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai ser cortado no nosso governo. Dinheiro tem, e ele precisa chegar na ponta”, declarou. “Tem duas áreas que não pode faltar dinheiro e que terão que ficar fora do teto de gastos. Uma já está, que é Fundeb e Educação. A outra é tirar do teto de gastos os recursos que nós temos no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. É tão pouco comparado ao orçamento federal. Estamos falando de um Orçamento de quase R$ 5 trilhões; tirando o serviço da dívida, temos algo em torno de R$ 2 trilhões. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem hoje em torno de R$ 10 bilhões, ele é contingenciado e fica pela metade, a outra metade não é executado.”
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