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Política

Bolsonaro reafirma que recebeu sugestão para aumentar ministros do STF

Bolsonaro diz que Corte e TSE não tem isenção e que aumento de ministros ocorrerá após eleição.
Por Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo (09) que recebeu a sugestão de aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e que isso será decidido após as eleições.

“Essa sugestão já chegou para mim, a gente decide depois das eleições”, afirmou o presidente, em participação no canal Pilhado, no YouTube.


Bolsonaro admitiu que essa seria uma forma de pulverizar o poder dos ministros e alegou que é “impossível” governar por mais quatro anos sob o que chamou de “ativismo judicial” do Supremo.

Ele lembrou que o governo poderá indicar nomes para duas vagas ao Supremo no ano que vem e que, com isso, “talvez” a sugestão de aumentar o número de integrantes da Corte possa ser descartada. “Tenho certeza que, numa reeleição, o Supremo vai agir de uma forma diferente de como agiu até o momento. Se não for possível descartar [aumento do número de ministros], você vê como é que fica.”

Para levar o plano adiante, Bolsonaro reforçou que ele terá mais força para passar propostas no Legislativo, dado o crescimento da bancada conservadora no Congresso, após as eleições de domingo passado. “Com a nova composição do Parlamento, acabaram as dificuldades [no Legislativo]”, afirmou. “Peço a Deus uma reeleição, não é por mim, é para a gente botar para dentro quem está fora das quatro linhas da Constituição”.

O chefe do Executivo voltou a atacar ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse que eles votam com parcialidade. “Os caras têm lado político. Qualquer ação no Supremo e no TSE, dá ganho de causa para o outro lado, não tem isenção”.

Guedes

Na conversa, Bolsonaro foi questionado se manteria o ministro da Economia, Paulo Guedes, no cargo se conseguir a reeleição na corrida ao Palácio do Planalto contra o ex-presidente Lula (PT). “No que depender de mim, todos ficam”, desconversou.

O presidente voltou a dizer que não tomou a vacina contra a covid-19 e acrescentou que está “de saco cheio” de falar da pandemia. " Agora, ‘ah não voto mais nele porque ele é genocida, ele atrasou a vacina’. Que vacina atrasou, meu Deus do céu? Que vacina? Um mês depois da primeira vacina, o Brasil estava vacinando. E quem comprou? Foi o governo federal”, defendeu Bolsonaro.

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