O deputado estadual Cícero Magalhães se posicionou de maneira contrária a filiação de novas lideranças ao PT. Sem citar nomes, o parlamentar afirmou que esses interessados querem usar o partido apenas como escada para se reeleger a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) nas eleições de 2022.
Cícero argumentou que no momento em que abre espaços para deputados de outros partidos, o Partido dos Trabalhadores acaba prejudicando os petistas históricos, que ajudaram e ajudam a construir o PT desde o início.
“Trazendo para hoje, que não pode ter mais coligação, o PT não pode ser uma avenida aberta para colocar aquelas pessoas que chegam com 30, 35, 40 mil votos, porque sabemos que tem aqueles militantes que são raízes que nem João de Deus, Paulo Martins, Ziza Carvalho e Warton Lacerda, que têm seus 20 e poucos mil votos, que servem de uma perfeita escada para essas pessoas subirem”, criticou Magalhães.
Cícero frisou que o PT não pode, mais uma vez, ser usado como escada. Para ele, cada deputado deve permanecer no partido em que foi eleito. “O PT hoje tem mais de 30 pré-candidatos, então eu sou um dos que defende que, cada um que está aqui [Alepi] estava em um partido, então que fiquem em seus partidos, a gente tem uma relação de respeito, mas não posso mais uma vez servir de escada para os outros, tem gente querendo fazer uma participação para ter um mandato, eu não sou favorável”, enfatizou o petista.
A mudança de partido é uma estratégia que deverá ser usada por muitos políticos com mandatos por conta do fim das coligações proporcionais. Nesse caso, as siglas terão que disputar de forma isolada as vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, aumentando a disputa entre os candidatos para os parlamentos Federal e Estadual.
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