A equipe de Luiz Inácio Lula da Silva decidiu transferir para quarta-feira, 10, a primeira coletiva de imprensa do ex-presidente após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anular todas as condenações do petista na Lava Jato, anunciada na segunda, 8. Nas redes sociais, afirmou que "a verdade prevalecerá".
O adiamento se deve à decisão do ministro Gilmar Mendes de incluir na pauta desta terça, 9, da Segunda Turma da Corte a análise do recurso sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro nas ações contra Lula. O caso será julgado no mesmo horário em que estava prevista a coletiva de Lula em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
A opção de apenas se manifestar publicamente após o julgamento de Moro foi informada pela conta oficial de Lula no Twitter. A nova entrevista está marcada para às 11h desta quarta.
Em razão do julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro para as 14h, a entrevista do ex-presidente Lula foi remarcada para amanhã (10), a partir das 11h. #equipeLula
— Lula (@LulaOficial) March 9, 2021
O julgamento que discute a suspeição de Moro teve início em 2018, quando Fachin e a ministra Cármen Lúcia votaram para negar o pedido da defesa de Lula. A análise foi interrompida por um pedido de vista (mais tempo para análise) de Gilmar Mendes, mas a paralisação do caso não impediu o magistrado de sinalizar que vai votar pela suspeição de Moro.
O voto decisivo ficaria então a cargo do ministro Nunes Marques. Segundo o Estadão apurou, o ministro indicou nos bastidores que estaria inclinado a votar pela suspeição de Moro. Desde que chegou ao tribunal, em novembro do ano passado, ele tem se alinhado a Gilmar e a Lewandowski para impor derrotas à operação e atender aos interesses da classe política.
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