A Polícia Federal no Piauí (PF-PI) está investigando o deputado Evaldo Gomes por suposta falsificação ou alteração de documento público e particular para fins eleitorais referente ao pleito de 2014 e por fazer uso de documentos falsificados ou alterados. Na época, Evaldo concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa do Piauí pelo PTC, no entanto agora ele está no Solidariedade, partido do qual ele é presidente estadual.
O inquérito policial foi instaurado pelo delegado da Polícia Federal, Alex Raniery de Freitas Santos, no dia 29 de fevereiro de 2016, após pedido de investigação do Ministério Público Eleitoral.
- Foto: Alef Leão/GP1Evaldo Gomes
Na portaria de nº 172/2016, o delegado informou que o “inquérito investiga falsificação, inicialmente atribuída a Evaldo Gomes, candidato a deputado estadual nas eleições de 2014, de documento em nome de Raphael Marinho de Andrade, bem como o uso dele, em sua prestação de contas, para justificar gastos de R$ 3.395,00 realizados durante a campanha”.
A doação realizada por Raphael Marinho está sendo investigada porque o valor de R$ 3.395,00 mil supera o limite de 10% dos rendimentos brutos que foram declarados pelo doador no seu Imposto sobre o Rendimento de Pessoa Física (IRPF).
Nesse caso, todos os crimes estão contidos no Código Eleitoral: artigo 348, que trata sobre falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro, para fins eleitorais, o artigo 349, que é sobre a falsificação de documento particular e o artigo 353 que é sobre fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados.
Prorrogação da investigação
No dia 20 de abril deste ano, o delegado da Polícia Federal, Leonardo Portal Leite, emitiu despacho solicitando ao Ministério Público Eleitoral mais uma prorrogação do prazo de investigação, por pelo menos 90 dias.
Outro lado
Ao GP1, na manhã desta segunda-feira (03), o deputado Evaldo Gomes negou ter conhecimento da denúncia.
"Eu tenho consciência e muita tranquilidade que em 2014 minha prestação de contas foi aprovada sem ressalva junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Eu desconheço essa denúncia, já passou até a eleição de 2018, foi também aprovado e até me reelegi pela terceira vez. Eu nunca, até hoje, recebi qualquer notificação referente a essa possível denúncia e já fazem seis anos dessa suposta denúncia", afirmou o deputado.
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