No início da tarde desta sexta-feira (16) o presidente Michel Temer (MDB) assinou o decreto de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB) também assinaram a ordem.
Durante a assinatura do decreto, o presidente afirmou que “a desordem é a pior das guerras” e que o crime organizado é uma “metástase que se espalha pelo país”. O decreto, no entanto, prejudica a aprovação da Reforma da Previdência, que estava prevista para ser votada ainda no mês de fevereiro. O presidente afirmou que caso haja “condições” para votar a reforma, o decreto será suspenso.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoMichel Temer
“O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro, é uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso povo, por isso acabamos de decretar, nesse momento, a intervenção federal na área da segurança pública no Rio de Janeiro. Os senhores sabem que eu tomo essa medida extrema porque as circunstâncias assim exigem”, explicou.
O decreto tem efeito instantâneo, mas em até dez dias será votado na Câmara dos Deputados e no Senado. De acordo com Michel, a intervenção foi “construída em diálogo” com o governador Pezão.
“A intervenção, registro a todos, foi construída em diálogo com o governador Luiz Fernando Pezão e eu comunico que nomeei o interventor, o comandante militar do Leste, general Walter Souza Braga Neto, que terá poderes para restaurar a tranquilidade do povo. As polícias e as Forças Armadas estarão nas ruas, nas avenidas, nas comunidades e, unidas, combaterão, enfrentarão e vencerão, naturalmente, aqueles que sequestram do povo as nossas cidades”, disse Temer.
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