O vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), comentou nessa sexta-feira (9) a declaração do senador Ciro Nogueira (Progressista) de que serão realizadas pesquisas para definir os nomes que vão compor as vagas de vice e de senador na chapa do governador Wellington Dias (PT).
Wellington tenta agradar os partidos da base, mas as exigências por espaços na chapa majoritária estão sendo um problema. Ciro quer que Margarete Coelho (Progressista) continue como vice-governadora, mas a vaga também é disputada pelo MDB que quer o deputado Themístocles Filho, para o cargo. A pesquisa ajudaria a definir quem está mais bem colocado pela população. Já para o Senado, nesse ano serão eleitos dois candidatos. O governador já fechou apoio com Ciro, mas Regina Sousa (PT), Júlio César (PSD), e Gil Carlos (PT), já manifestaram interesse na outra vaga.
- Foto: Lucas Dias/GP1Vereador Dudu participando de ato em favor do ex-presidente Lula
Dudu afirmou ao GP1 que não acredita que o resultado de uma pesquisa irá definir a chapa de Wellington e que isso até iria contra a história do Partido dos Trabalhadores.
“Eu acho que pesquisa é um instrumento de escuta, mas não é uma condição muito decisiva, porque se fosse depender de pesquisa, o Wellington não seria governador do estado do Piauí, pois ele não aparecia bem, quem estava bem era o Hugo Napoleão [nas eleições de 2002]. Se fosse depender de pesquisa para balizar a estratégia do PT, o Lula não teria sido presidente desse país, porque jamais as pesquisas apontavam o Lula poderia ser presidente. É óbvio que é um instrumento científico, de escuta, mas a melhor pesquisa é você ir dialogar com o povo, porque a pesquisa aponta você lá embaixo ou lá em cima e no final a coisa se reverte. A própria campanha em si da a dinâmica” destacou.
O vereador acredita que a pesquisa vai ajudar a discutir as estratégias do partido. “Se a gente for ver pesquisa em Teresina, o senador Ciro Nogueira não aparece tão bem, mas a gente sabe que o poder de organização e de conversa com os líderes faz a total diferença em qualquer eleição e qualquer disputa. Acho que pode ser um instrumento de escuta, mas não decisivo. Se a gente, o PT, fosse depender de pesquisa, não teríamos chegado aonde estamos”, disse.
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