Os juízes Sérgio Moro e Caroline Vieira concordaram com o Ministério Público Federal (MPF) e determinaram a transferência de Sérgio Cabral para um presídio no Paraná nesta quinta-feira (18). Caroline está substituindo o juiz Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro.
O pedido se baseia nas supostas regalias constatadas nos presídios de Bangu e Benfica, em uma investigação do Ministério Público Estadual. A promotoria diz que houve uma “rede de serviço e favores” montadas pelo ex-governador dentro da cadeia.
- Foto: Fábio Motta/Estadão ConteúdoSérgio Cabral
Os privilégios citados pelos promotores são:
- Videoteca: tentativa de instalação de um home theater em Benfica, forjando a doação por meio de uma igreja evangélica;
- Academia: aparelhos de musculação de “bom padrão como halteres e extensores de uso exclusivo”, o que não é permitido;
- Alimentação: produtos finos como queijos, frios e bacalhau;
- Colchões: Cabral usa camas utilizadas durante as Olimpíadas Rio-2016, diferente dos colchões distribuídos pela Secretaria de Segurança;
- Escolta: De acordo com o MP, em Bangu Cabral teve livre circulação e proteção de agentes penitenciários;
- Visitas: o ex-governador recebeu fora do horário permitido o filho Marco Antônio Cabral e outros deputados;
- Encomendas: ele recebeu pacotes diretamente, sem vigilância em “ponto cego”.
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