O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI) vai realizar na manhã desta terça-feira (26) uma paralisação às 9h em frente ao Palácio do Karnak, onde eles cobram do governo reivindicações relacionadas a aposentadorias, reenquadramento, reajuste dos funcionários de escola, gratificações e outras demandas.
Membros de Sinte-PI chegaram a se reunir na manhã dessa segunda-feira (25) com o governador Wellington Dias (PT) para tratar a demanda. O governador deixou claro que apesar de entender as reivindicações da categoria, que não irá fazer nenhuma despesa que afete as contas do governo.
“Foi uma reunião boa, com muita maturidade. Eles apresentaram uma pauta e eu sei que os servidores, não só os professores, têm a necessidade de reajustes. Qual é o problema? Todo o nosso esforço é para pagar o que tem. Deixamos isso bem claro”, disse o governador.
- Foto: Thais Guimarães/GP1Governador Wellington Dias
Wellington explicou que só encaminhará projetos relacionados a categoria que não afetem o orçamento. Ele já havia destacado, durante o evento de lançamento do 7º Sabor Maior, que “não vê luz no fim do túnel para a crise” que o país está enfrentando e que tem afetado o Piauí.
“Tem algumas coisas que dependem mais de cumprimento de lei, como mandar uma lei para a Assembleia para regularizar uma situação de salários já implantados, essa vamos encaminhar. Tem uma situação relacionada ao sistema de aposentadoria, onde tinha um direito colocado como uma renúncia, vamos rever. Aquilo que for possível, com todo o prazer iremos atender, mas aquilo que for despesa, peço a compreensão para que possamos tratar isso em 2018. Estou todo dia pedindo a Deus para a gente superar essas dificuldades causadas pela situação desse país”, finalizou.
A reunião
Segundo o Sinte-PI, o Wellington se comprometeu de enviar a Lei do Piso do Magistério para a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), já que ele já estava sendo pago, mas sem aprovação em lei. O governador ainda ficou de analisar a questão do reenquadramento de alguns servidores.
Sobre os reajustes administrativos, o governador se comprometeu a pagar a segunda parcela, referente a 3,14% em janeiro de 2018, pois no momento não seria possível fazer isso. Já sobre as gratificações, se elas fossem concedidas, o govermo alegou que teria problemas relacionados a Lei de Responsabilidade Fiscal e por isso não foi feito um acordo. A categoria alega que desde 2009 as gratificações dos professores das escolas de tempo integral estão congeladas. Sobre aumento do teto do auxílio transportes, também não houve acordo.
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